Estou com fome de Palavra, e antes meu estômago doer do que meu coração. Porque arroz e feijão nunca me saciou por mais de três horas. E esses dias a minha fome tem sido mais do eterno.

Eu queria mais curtidas, menos quilos, queria que minha franja e meu quarto se arrumassem sozinhos. Queria não precisar mais andar de ônibus. Mas eu sei que se, num passe de mágica, eu tivesse tudo isso amanhã, eu ainda
não estaria satisfeita e ia buscar novos reclames e novas coisas perecíveis e fúteis pra correr atrás. Entende?

Quando a gente trocar as listas de desejos pela lista de desapegos, a gente vai ficar mais rico e não é do bolso. A gente vai ficar mais sarado e não é do abdome. A gente vai ficar mais vivo, e sem nenhum artifício ou maquiagem.

Porque quando o evangelho queima nesse nível dentro da gente, o que muda/vivifica/enriquece é o coração.

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