Cipriano, bispo da igreja em Cartago (norte da África), foi um dos maiores estudiosos da teologia e da Bíblia no século terceiro. Tinha formação acadêmica em retórica, oratória e direito. Sua conversão ocorreu aos 46 anos e desde então se devotou ao estudo e à prática do cristianismo.
A partir da perseguição aos cristãos patrocinada pelo imperador romano Décio, Cipriano foi obrigado a sair de sua cidade natal para se proteger. Após alguns, anos, já de volta a Cartago, foi vítima da tirania de outro imperador – Valeriano. Por se recursar a negar o nome de Cristo, Cipriano foi condenado à morte por decapitação no ano de 258.
Este pai da Igreja deixou vários escritos, entre os quais se destacam os livros Concernente à Apostasia e Sobre a Unidade da Igreja. Sua interpretação bíblica era marcada pela literalidade, diferente de outros escritores antigos que preferiam se enveredar em especulações filosóficas.
Cipriano afirmava a soberania de Deus sobre cada aspecto da vida: “Para que ela [a vontade de Deus] seja feita em nós, há necessidade da vontade de Deus, isto é, de Seu auxílio e proteção, porque ninguém é forte em sua própria força, porém é salvo pela indulgência e mercê de Deus” (Judas 1.25).
Ele também advogava a doutrina da depravação total da alma humana. Cipriano via que pecar não faz de nós pecadores, mas pecamos porque somos pecadores: “Nascemos sob a condição de termos de lutar em meio à provação e conflitos. Todos nós estamos presos e confinados pelo laço desta sentença [o juízo de Deus]” (1 João 1.8).
Ensinou sobre a doutrina da eleição soberana na salvação dos pecadores, disse que os crentes são “eleitos para a esperança, consagrados à fé, destinados à salvação, filhos de Deus, irmãos de Cristo, associados do Espírito Santo, já nada devendo no tocante à carne” (Romanos 11.29). E sobre a graça irresistível disse: “Nosso poder procede de Deus, digo, sua totalidade vem de Deus”.
Cipriano acreditava que o verdadeiro crente nunca pode separar-se de Cristo: “E assim nada há que possa quebrar a união entre Cristo e a Igreja, isto é, as pessoas que estão estabelecidas no seio da Igreja e que firme e fielmente perseveram em suas convicções” (Romanos 8.35).
Que possamos aprender com Cipriano a confessar resolutamente o nome do Senhor mesmo em meio às adversidades e perseguições.
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