Imagine que você acabou de ter um filho. Você ama muito ele, e quer dar tudo de melhor para ele. Você é muito rico; ninguém no mundo tem mais dinheiro que você. E tudo que você tem, você quer dar para ele.
Você agora precisa escolher aonde seu filho vai nascer e crescer. Aonde você escolheria?
Nos Estados Unidos, na Europa, na praia, no campo? Uma mansão com piscina, vários quartos e um jardim grande e bonito?
Deus escolheu uma manjedoura para Jesus. O Filho de Deus nasceu do lado de bois sujos e de cheiro de esterco. Ele não era o mais belo entre os homens, e nem o mais bem-sucedido. Ele era um mero carpinteiro, que nasceu em uma família simples e ordinária. Agora por que o Pai dele não o fez nascer no maior castelo que existia, como um príncipe merece? Por que o Pai dele, dono de toda a riqueza, não deu para ele todos os bens materiais que o mundo tinha para oferecer?
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Esta semana tirei um dia para descansar de meus estudos e ir visitar a cidade de Canterbury, aqui na Inglaterra. É uma cidade histórica com muros em volta e torres de pedra. O dia estava lindo e a cidade era interessante e pacífica. Caminhei com um amigo meu pela cidade e visitei uma das maiores catedrais que existem, que é patrimônio universal da UNESCO – a Catedral de Canterbury.
Bonita né? Pois é. Interessante como Deus escolheu uma manjedoura e uma família simples para seu Filho – o Rei dos Reis – nascer, e nós queremos fazer templos gigantes para adorar a Deus.
O que está incoerente nisso tudo?
Davi quis construir um belo templo para Deus. Antes disso, os tabernáculos tinham uma área chamada “Santo dos Santos”, aonde Deus se manifestava com poder e glória para o Sumo Sacerdote do povo. Deus se agradou com a idéia de Davi, mas falou que ele não poderia construir o templo porque era um homem de guerra e suas mãos estavam cheias de sangue. Mas Deus permitiu que seu filho, Salomão, construísse o templo e prometeu que da geração de Davi viria o salvador do mundo, Jesus.
O incoerente não é a construção em si, mas é achar que Deus pode se enquadrar em nossas invenções.
O Deus que fez o mundo, os céus, as galáxias e tudo que existe, não habita em templos feitos por mãos de homens. Ele também não é servido por mãos de homens, como se necessitasse de alguma coisa. A majestade, grandiosidade e divindade de Deus não é semelhante a ouro, prata, ou edifícios esculpidos e criados pela imaginação dos homens. (Atos 17:24-29)
O Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta: O céu é o meu trono, E a terra o estrado dos meus pés. Que casa me edificareis? diz o Senhor, Ou qual é o lugar do meu repouso? Porventura não fez a minha mão todas estas coisas? Atos 7:48-50
Enquanto eu caminhava pela catedral, fiquei pensando como este lugar, que foi feito para pessoas adorarem a Deus, se tornou a principal atração, deixando Deus de lado. Alguns dizem: “é um monumento histórico, que nos lembra de eras antigas e gloriosas.” Outros se orgulham por serem cristãos e um templo de tal beleza ter sido feito para Deus. Mas as pessoas perderam o foco e Deus não é mais adorado. O edifício que é.
Catedrais, igrejas, monumentos, esculturas, TUDO que é feito de pedra, não representa nada do que Deus é. Em frente da catedral, eu vi uma escultura de um pequeno homem, que parecia um anão. Achei interessante e fui ver o que era. Ele tinha mãos e pés grandes, uma cabeça gigante e uma feição assustadora. Eu pensei, “o que essa estátua está fazendo aqui”?
Quando li o título da escultura, me assustei: “Filho do Homem”. A escultura era de Jesus.
Como nós somos limitados em nossa imaginação de quem Deus é. Um velho de barba? Quem inventou isso?
O que aprendi com isso tudo é simples, mas verdadeiro. Só tem dois lugares que Deus habita:
O céu e a manjedoura tem tudo em comum.
Lembre-se da simplicidade de Cristo. Lembre-se que Deus escolheu você para ser a morada dEle, e não nenhuma catedral gigante e magnífica. O Filho de Deus viveu com roupas simples e sem extravagância. Ele era desprezado e rejeitado entre os homens, e pessoas até escondiam o rosto dele. Ele foi humilhado e oprimido por amor ao seu Pai.
E o Pai escolheu a simplicidade como estilo de vida para seu Filho. Seu Filho que tinha tudo e criou tudo, o mais rico e poderoso entre todos.
Ele escolheu para Seu Filho a manjedoura como nascimento, a carpintaria como profissão, a cruz como morte. Mas Deus o exaltou a mais alta posição e lhe deu o nome que está sobre todo nome!
Não se iluda com belas catedrais e grandes promessas de prosperidade terrena. O caminho do cristão é de manjedoura, carpintaria e cruz. É isso que Deus tem para nós. E aqueles que perseverarem até o fim terão a recompensa eterna, o céu: algo lindo demais e muito maior do que podemos imaginar.
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