Nasceu em Cesareia (atual Turquia) em 330. Sua família sofreu por causa da perseguição à fé cristã pelas mãos do imperador Diocleciano. Após a morte de seu pai em 340, foi estudar em Cesareia, onde conheceu e formou amizade com Gregório de Nazianzo.

Em 356, tornou-se professor de retórica e, por influência do testemunho de sua irmã mais velha, Macrina, entregou sua vida a Cristo: “Depois de haver lamentado profundamente a minha vida miserável, pedi que me fosse dada orientação para minha introdução nos preceitos da piedade”.

Para tanto, decidiu adotar o estilo de vida monástico, isto é, em isolamento e com vários momentos de oração, leitura da Bíblia e ascetismo. A partir de 360, estabeleceu várias comunidades monásticas daquela região da Ásia. No ano 370, foi nomeado bispo de Cesareia.

Sua principal obra teológica foi Sobre o Espírito Santo, escrita em 375, marcou um passo decisivo em direção à solução da heresia ariana (que ensinava existir apenas o Deus Pai e negava a divindade do Filho e do Espírito Santo).

Depois de mostrar porque os cristãos creem na deidade de Cristo, Basílio dedicou-se a demonstrar porque o Espírito Santo tem de ser glorificado igualmente com o Pai e com o Filho e reconhecido implicitamente como Deus: “Há somente um Deus que se revelou a si mesmo como o Pai, o Filho e o Espírito Santo” e “O Espírito Santo vive não porque é dotado de vida, mas porque Ele é o doador da vida, a fonte da santificação” (Mateus 28.19, 1 Coríntios 2.10 e 1 Coríntios 12.3).

Basílio recomendava atenção a todos os detalhes da vida, para desarraigarmos o orgulho de cada parte de nosso ser. Para ele, a humildade tem de ser uma prática e um esforço diário: “Nunca coloque a si mesmo acima dos outros, nem mesmo dos maiores pecadores” (Mateus 20.27).

A humildade leva o crente a reconhecer que não tem nada de que se gloriar. Nosso conhecimento de Deus, boas obras e posses são originados na graça, bondade e misericórdia do Senhor: “Você não conquistou a Cristo por causa de sua virtude, mas Cristo conquistou você por Sua vinda” (1 Coríntios 15.57).

Ele faleceu em 379, não podendo testemunhar o triunfo da doutrina trinitária pela qual lutou. Sua última declaração sobre a questão da Trindade foi dada em uma carta escrita em 377 dirigida a Epifânio de Salamina.

Contudo, deixou seu legado para composição do Credo Niceno-Constantinopolitano, que deixa claro em seu conteúdo a existência e a necessidade de adoração do Deus triuno que Basílio exortou que acreditássemos.

Para Basílio, somente a Escritura representava a verdadeira regra ou lei para a vida. Que possamos aprender com seu exemplo a dedicar mais de nosso tempo à leitura da Bíblia.

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