Se você conviver comigo, não vai demorar muito para perceber o quanto sou falho nas obras que tento realizar com a “força do meu braço”. Ao olhar para o meu interior, minha alma grita: o que tenho para oferecer a Deus? Estou certo de que não se pode dar algo sem ter. E, se tudo que tenho e sou vem dEle, soa a seguinte questão: o temos feito com o Que Ele fez? Ou ainda, qual tem sido sua contribuição no reino?

Minha intenção não é deixar você aflito ao pensar no que se deve fazer em especifico para agradar ao Senhor, mas provocar reflexão a respeito do que você tem feito com sua vida para Ele. Afinal, não é sobre “eu ou você”, tem TUDO a ver com Ele e não podemos cruzar os braços e negligenciar responsabilidades. Assim, vale perguntar: o que você tem em mãos?

ninguém se apresentará a mim de mãos vazias”. Ex. 23:15b

Lembro bem que há muito tempo apresentei uma peça adaptada intitulada “mãos vazias” e o cenário era bastante agoniante, pois remetia a volta de Jesus para buscar a sua Igreja e avaliação a despeito das obras dos homens no tocante ao que fizemos com o que recebemos dEle. Eu apenas chorava ao pensar que não tinha nada em mãos, só minhas desculpas.

Embora, o foco não seja diretamente sobre escatologia, vale lembrar que toda ideia de barganha que coloque a ação de Deus como dependente dos fazeres humanos é um perigo, pois Ele não depende de nós! Eu que preciso dEle (e você, também) e tudo que nos faz pensar que o homem está no centro deve ser arrancado do coração.

O trecho bíblico em destaque (Ex. 23:15b) ilustra uma orientação sobre as festas de Israel em que “algo em mãos” representam oferta de gratidão pelas bênçãos imerecidas de Deus, bem como simboliza a consagração e devoção do povo a Deus ao dedicar os primeiros frutos da colheita pela libertação do Egito. Era uma forma de expressar contentamento em Deus a respeito do seu agir. Como você tem feito isso? (ou não tem feito?).

Algumas pessoas, podem se precipitar e ocupar-se demais criando fardos e sacrifícios na tentativa de fazer algo para o Senhor e esquecer o que Cristo realizou ao passo que se tornam meramente religiosos. Precisamos entender que Jesus satisfez todo sacrifico que era passível ao homem, mas que seria impossível ao nosso braço. Nem por isso, significa dizer que agora devamos ficar sentados e satisfeitos.

Pelo contrário, em Cristo as mãos vazias são preenchidas pelo mérito dEle, sendo o viver em obediência, conforme vontade de Deus e sua Palavra o melhor que podemos apresentar. E o fazer, uma consequência da entrega completa e genuína a Deus não apenas do coração, mas de todo o ser; não apenas da boca para fora.

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Leonardo Gleygson 🙂

Autoria e fonte: Leonardo Gleygson extraído do blog pessoal (leonardogleygson.com.br)