O SENHOR diz ao seu povo: —Eu odeio, eu detesto as suas festas religiosas; não tolero as suas reuniões solenes. Não aceito animais que são queimados em sacrifício, nem as ofertas de cereais, nem os animais gordos que vocês oferecem como sacrifícios de paz. Parem com o barulho das suas canções religiosas; não suporto mais suas músicas egoístas que saem de seus instrumentos. Em vez disso, quero que haja tanta justiça como as águas de uma enchente e que a honestidade seja como um rio que não pára de correr. – Amós 5:21-24

Religiosidade. Estes são exemplos claros do quanto Deus abomina nossa religiosidade, é como um egoísmo que se mistura com ações altruístas, enfim, pode-se definir estas ações como atos religiosos.

A religiosidade também define-se quando nós simplesmente fazemos “obras” mas não servimos à Deus em espírito e em verdade, quando simplesmente vamos a igreja apenas por ir, quando nem do foco lembramos mais. Afinal, sabemos o que é certo ou errado, mas escolhemos fazer apenas o que, na nossa concepção, é bom, temos uma aparência de espiritual, seguimos a cartilha da igreja de não beber, não fumar, não sair com más companhias, não se misturar “com o mundo” (éca essa expressão chega até a doer), no culto até levantamos nossas mãos e ao orar fazemos aquela encenação de choro.
Podemos até enganar algumas pessoas, o pastor até pode te ver como um “golden boy”, porém, há duas pessoas que sabem da verdade: Você mesmo, e o próprio Deus. Enganar-se não é o problema, afinal, quantas vezes você não fez isso com si próprio? Mas… nós achamos que estamos enganando a Deus também, e aí está o problema.

O povo de Israel estava rebelde, ali Deus permitiu inúmeras coisas, mas também ao ver o quanto foram ingratos, ficou furioso com aquele povo, chegando a compará-los com o povo de Sodoma e Gomorra. Até que ele começa a alertá-los do “Dia do Senhor”, e manda essa forte palavra para aquele povo (israelitas). Isso me levou a refletir um pouco sobre a minha própria situação com cristão. Já pensou Deus olhar para você e dizer que odeia nossas festas religiosas, aquelas que fazemos pra dizer que é pra trazer mais pessoas pra igreja, mais não passa de entretenimento ou clube do bolinha. Aqueles churrascos que não nos edifica em nada, e só falamos de futebol e de problemas dos outros ou da igreja, e ainda pecamos mais uma vez : com a gula.
É como organizar uma festa e esquecer-se do aniversariante, todo trabalho, ainda que tenha sido duro, perderia seu valor! Ele disse também que não suporta mais nossas solenes reuniões, nossos cultos de domingo, cara Deus não suporta mais, já pensou ele falando isso para nós? (se bem que nem eu atualmente suporto rs).

E fazemos tantas coisas, tantas firulas, para as pessoas se conectarem a Deus, pedimos para que elas se levantem, para que levantem também suas mãos, fazemos orações fervorosas, chegamos até a exaltar nossas vozes, mas esquecemos que aquele culto não é para as pessoas se conectarem a Deus simplesmente, o culto é PARA Deus. Nossos cultos passaram a ser um “ritual” a nós mesmos e não à Deus. Disse Ele também que não aceita nossas ofertas, nem mesmo a maior delas, pois certamente aquele povo não estava dando-as de coração, e hoje, quantas vezes não ouvimos na nossa televisão mesmo: “Faça uma oferta de R$50, R$100 ou R$1000 , e serás abençoado, sua empresa vai prosperar, e tudo que você colocar as mãos será próspero” – você pode discordar do que estou falando aqui, mas essa história de “tudo que você colocar a mão será próspero” foi promessa para o povo do Egito, ao chegar na terra prometida, também foi prometido para Abraão. Procurem ver os contexto das situações antes de pegar a promessa (que nem para você foi prometida). A questão em si, é que não importa se você der 50, 100 ou mil, ou todas suas riquezas ou todo seus bens para Ele, se não for com o verdadeiro sentimento, com a verdadeira motivação, ele irá recusar. Você pode até dar, mas se esperar por algo em troca, já vou logo te avisando: Ele não curte barganhas ok.

Logo depois ele fala das nossas músicas, e dos nossos louvores, nos perguntamos: Quando foi a última vez que cantamos para ele? Já percebeu que todas essas músicas atuais só falam de nós, só pedidos, e nada que glorifique ou exalte-o ? Quando foi a última vez que você ouviu alguma música glorificando a Deus, a não ser aquelas da Harpa? Realmente, nem eu aguento mais essas músicas egoístas. Nossas canções não tem passado de canções religiosas, que só buscam o bem estar, e não a quem deveria. Analise suas músicas e suas letras, e medite.

Por fim, Deus pede que exista justiça como águas de enchente, porque a justiça compreende compromisso com o que é certo, com o que é direito. Aquele povo estava pecando, a hipocrisia e a religiosidade estava em alta com aquele povo, e então, era necessário a justiça de Deus, como uma enchente, pois uma enchente leva tudo que estiver em seu caminho, é devastador. E que permanecesse correndo rios de honestidade, para que nunca acabe.

Que nesse ano que se inicia, possamos refletir sobre nossas atitudes e na nossa “forma que temos adorado” à Deus. Será que é ele mesmo que temos servido? Seria ele o centro da nossa vida? Sei que o que foi dito aqui pode ter doído, mas a palavra de Deus que eu conheço é sempre assim: dita na forma que deve ser, na lata se fizer você mudar, é por que é corajoso se chegou a te ofender é por que há algo de errado mesmo, se não gostou, é por que desistiu dEle e não quer viver a verdade que liberta.

Escrito por Felipe Nogueira

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