Olá!!!

Lembro-me que quando me apresentei aqui, em meu primeiro post, disse que gostava muito de arte. E gosto mesmo!

Para entender à luz da Bíblia esse gosto, recorri a um livro que me foi muito importante: ‘A arte a Bíblia’, de Francis August Schaeffer, da Editora Ultimato. Confesso que não conhecia nada do autor, comprei o livro pelo título e pela capa.

Quem foi Schaeffer? Ele foi um teólogo cristão americanofilósofo e pastor presbiteriano. Nasceu em 1912, em Germantown, Pennsylvania. Sua vivência da fé evangélica o tornou ‘apóstolo dos intelectuais’, segundo a revista Times.

arte e a biblia

Começemos, então, com uma pergunta: ‘Qual o lugar da arte na vida cristã?’ Você já parou para pensar nisso? Você se interessa por algum tipo de arte?

O livro, em questão, é dividido em duas partes, são elas: A arte e a Bíblia e Algumas perspectivas sobre arte. Neste post, apresentarei apenas a primeira.

Nela, o autor aborda de forma muito esclarecedora, textos bíblicos que citam algum tipo de arte. Mas antes, ele passa pelo ‘Senhorio de Cristo’ apontando a totalidade humana. Para ele, Deus criou o homem todo; redimiu o homem todo, em Cristo; é o Senhor do homem todo; e renderá o homem todo. Isso para incluir, justamente, a arte na vida cristã.

Depois, o autor desfaz a confusão que alguns cristãos fazem, tendo em vista o mandamento que diz ‘não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás…’ (Êxodo 20:4,5). É preciso entender que:

Adorar a arte é um erro; produzi-la não. (p. 20)

Em seguida, Schaeffer apresenta ‘A Arte e o Tabernáculo’. Baseado no capítulo 25 do livro de Êxodo, ele explana o desejo de Deus pela arte em sua Casa, pois ‘Deus simplesmente queria beleza no tempo. Deus se interessa por beleza’.

Mais a frente, encontramos um dos temas que nos provoca mais dúvidas e curiosidades: ‘Arte secular’. E aí, o que você pensa sobre isso? Schaeffer afirma que ‘por ter sido ordenada por Deus, a arte não precisa de temas religiosos específicos’. Para comprovar isso, o autor cita o seguinte trecho bíblico:

Fez mais o rei um grande trono de marfim, e o revestiu de ouro puríssimo. Tinha este trono seis degraus, e era o alto do trono por detrás redondo, e de ambos os lados tinha encostos até ao assento; e dois leões, em pé, juntos aos encostos. Também doze leões estavam ali sobre os seis degraus de ambos os lados; nunca se tinha feito obra semelhante em nenhum dos reinos. (1 Reis 10:18-20)

Então, chegamos, enfim, às artes de forma mais específica. Schaeffer passa pela Poesia, pela Música, pelo Teatro e pela Dança. destaco aqui duas que são corriqueiras na Palavra de Deus:

poesiaSobre a poesia, seu exemplo principal é o Rei Davi, todavia ele aborda, também, a poesia hebraica encontrada ao longo das Sagradas Escrituras; o autor ressalta que o poeta hebreu era cuidadoso tanto com o conteúdo de seu poema quanto com a técnica utilizada para tecê-lo.

Há um poema de Mário Quintana que gosto muito e a última estrofe ilustra o que eu também penso sobre a poesia:

Porque a poesia purifica a alma
…e um belo poema — ainda que de Deus se aparte —
um belo poema sempre leva a Deus!
(QUINTANA, 1998, p. 105)

Em relação à música, nem é muito necessário dizer, pois a maioria de nossos cultos conta com a música em sua liturgia. No salmo 150, por músicaexemplo, há um apelo para a música como forma de louvor a Deus: ‘Louvem-no ao som de trombeta, com a lira e a harpa, com tamborins e danças, com instrumentos de cordas e com flautas, com címbalos sonoros, com címbalos ressonantes’.

O que eu achei mais interessante e que resumiu bem minha sensação ao ler esse livro, encontra-se no seguinte trecho:

Quando começamos a entender essas coisas, logo recuperamos o fôlego e toda aquela terrível pressão posta sobre nós ao fazer da arte algo menos espiritual desaparece. (pp. 36-37)

Fico por aqui e te pergunto: ficou com gostinho de ‘quero mais’? Esse post despertou sua curiosidade? Se sim, te incentivo a buscar não só a segunda parte, Algumas perspectivas sobre arte, mas o livro inteiro para esclarecer ainda mais as questões técnicas que envolvem o mundo artístico e a influência dele em nossa caminhada cristã.

Eu que já gostava das artes, passei a gostar ainda mais. E, ó, não vejo a hora de ler ‘A arte não precisa de justificativa’, de Hans Rookmaaker, que é o próximo da minha lista.

Com carinho,

Tathi (@DiarioDaTathi)