No ultimo fim de semana assisti a famosa e premiada animação “O príncipe do Egito”, produzida pela Dreamworks Animation em 1998, que trata da libertação do povo Israelita do Egito por meio da intervenção divina usando a vida de Moisés. A animação é fantástica, com boa fidelidade ao texto bíblico e dá, com excelência, vida a cenas que anteriormente só estavam em nossa imaginação (só a cena da sarça ardente já vale todo o filme!). Esse é um filme que eu certamente recomendo muito (sobretudo para aqueles que gostam de uma boa animação) e que me fez pensar e relembrar passagens e conceitos do livro do Êxodo que já tinha esquecido.
O livro de Êxodo se inicia com o povo de Israel escravizado no Egito. Eles sofriam e trabalhavam muito: “Os egípcios faziam servir os filhos de Israel com dureza; assim que lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o seu serviço, em que os obrigavam com dureza” (Ex 1:13,14). Deus levanta então Moisés, um Hebreu que miraculosamente havia sido criado no palácio do Egito, para libertar o povo Israelita dessa servidão após um longo e completo tratamento de Deus em sua vida, que durou 40 anos. Após sair do Egito, Moisés guia o povo de Israel pelo deserto em direção à terra prometida. Esse era um percurso que deveria durar poucos dias, mas que por causa da dureza de coração e rebeldia do povo de Deus, durou 40 anos. Muitos fatos preciosos e tremendos ocorrem nessa jornada que infelizmente não temos tempo para abordar nesse texto. Um desses fatos é o projeto do tabernáculo, uma espécie de morada de Deus entre os homens, que é entregue para Moisés da parte de Deus.
O livro de Êxodo termina com a conclusão da construção do tabernáculo e com a glória de Deus o enchendo de modo maravilhoso: “Então a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo. De maneira que Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porquanto a nuvem permanecia sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo” (Ex 40:34,35). Nem Moisés podia entrar na tenda do tabernáculo, por causa do peso de glória que ali se manifestava. A cena final do livro é de glória total.
Vendo como o livro de Êxodo começa e termina, podemos traçar um paralelo entre este precioso livro e vida cristã. Nós éramos escravos do mundo, da carne e do Diabo, assim como os Israelitas eram escravos de Faraó, mas Deus nos libertou. “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Cl 1.13). Nossa vida cristã é marcada por bênçãos e desafios, milagres e desertos e muitas vezes pela dureza de nosso coração, mas, graças sejam dadas ao Senhor, Ele tem planos de glória para nós. Paulo fala sobre “A glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18). Aleluia! Ele quer fazer de nós seu tabernáculo e nos encher com sua glória.
Termino esse texto com uma citação preciosa sobre a glória de Deus: “Se perguntássemos a Paulo: ‘Como define a glória de Deus?’ – ele responderia: a glória de Deus é uma Pessoa, eu A vi, e essa Pessoa é Jesus Cristo. Em Sua face resplandece a glória” (Christian Chen). Dizer que Deus quer nos encher com sua glória equivale dizer que ele quer nos encher com Seu Filho! Que possamos meditar sobre a grandeza do fim que Deus tem planejado para nós!
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