Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou. Êxodo 20.8-11

O quarto mandamento ensina que devemos guardar continuamente o Dia do Senhor (Deuteronômio 5.12-15). Ele tem como princípio lembrar a humanidade da obra de criação de Deus (Gênesis 2.1-3). Essa verdade implica que todas as coisas, inclusive os seres humanos, dependem absolutamente de Deus para sua própria existência.

Da época da lei de Moisés até a ressurreição de Cristo, esse dia era o sétimo da semana (coincidindo com o sábado do calendário comum). Com a ressurreição, o sábado cristão passou a ser o primeiro dia da semana (o domingo).

Ainda que muitos pensem o contrário, esta ordenança é uma lei moral de Deus (Isaías 56.2), isto é, deve ser observada por todos os homens assim como o restante do Decálogo (ao contrário das leis cerimoniais, que era guardadas apenas pelo povo de Israel).

O princípio do sábado é santificar um dia inteiro de entre sete dias numa sequência regular. No caso dos cristãos, por exemplo, é esperado que se trabalhe de segunda-feira a sábado (seis dias) para depois guardar o primeiro dia da semana (domingo) como sábado cristão.

O Dia do Senhor é no primeiro dia da semana em memória da ressurreição de Cristo dos mortos (1 Coríntios 16.1-2 e Atos 20.7). Para que não gere dúvidas, essa prática de guarda do primeiro dia da semana pelos cristãos é bem anterior às leis do Império Romano convertido ao cristianismo que ditaram a mesma matéria.

O sábado cristão deve ser santificado por dois meios: 1) abstenção de coisas que não devem ser feitas nesse dia: obras pecaminosas, ocupações e divertimentos seculares (Neemias 13.15-22); e 2) prática de coisas que temos obrigação de fazer nesse dia: deveres religiosos, obras de necessidade e obras de misericórdia (Isaías 58.13-14).

A ocupação principal no sábado cristão deve ser o exercício público (culto regular, escola bíblica, reunião de oração) e particular (leitura individual da Bíblia, oração, culto familiar e conversação religiosa) do culto a Deus.

Os chefes de família devem zelar para que o Dia do Senhor seja guardado pelos demais membros cuidando, primeiramente, para que eles mesmos deem bom exemplo da observância do sábado (Josué 24.15).

A guarda espiritual do Dia do Senhor nos ajuda a manter a comunhão com Deus, permitindo que cumpramos os demais afazeres religiosos mais fervorosa e espontaneamente (Ezequiel 20.12).

Como parte do dever de santificação do sábado cristão, devemos incentivar a participação da família e demais irmãos de fé nas reuniões solenes da igreja (Hebreus 10.25).

No próximo mês, a importância do quinto mandamento na atualidade.