Faleceu nesta semana, de maneira repentina, um irmão muito querido por mim e pela igreja onde congrego. Para mim foi um baque, ele era um dos fundadores da igreja e era um homem extremamente sábio, gentil e brincalhão. Além de ser avó de um amigo meu da adolescência.
Essa nova partida se tornou parte de um clico de reflexões na minha vida.
No final do ano passado, um dos pastores na nossa igreja faleceu, também de maneira repentina. Para mim o baque foi ainda maior, ele era (e é) um referencial para mim, foi quem me batizou, discipulou, foi meu padrinho de casamento, um pai na fé e um amigo muito próximo. Desde então tenho pensado em duas coisas: a brevidade da vida e as marcas que deixamos nas pessoas e que são reveladas quando partimos.
Sei que há (pelo menos deveria haver) uma enorme diferença entre funerais de cristãos e não cristãos, há luto nos dois mas sempre há um misto de esperança e alegria em saber que encontraremos aquele que partiu no Grande Dia junto do nosso amado e incrível Jesus. Mesmo sabendo disso, em função de ainda não termos experimentado a glória e saboreado a eternidade, sentimos a partida. E isso é um sinal.
De alguma forma, essa partida não deveria acontecer. Um filósofo brasileiro chamado Marques de Maricá disse certa vez: “A criatura sensível e inteligente, que chegou a adorar, amar e admirar a Deus, não pode ser inteiramente mortal: há nela alguma coisa de divino que sobrevive à mesma morte”, de certa forma ele parafraseou Eclesiastes 3:11 onde diz:
Ele (Deus) fez tudo apropriado ao Seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim ele não consegue compreender inteiramente o que Deus fez. Eclesiastes 3:11 NVI
Sempre que nos deparamos com a morte de alguma pessoa próxima ou querida por nós, nosso coração se enche de questionamentos, dúvidas e saudades. Essa separação momentânea nos lembra da brevidade da nossa vida e muitas vezes nos faz refletir se estamos vivendo e lembrando que há uma eternidade nos esperando ou se estamos apenas vivendo focados nas coisas daqui, onde somos apenas peregrinos (1 Pedro 2:11).
Ditas estas coisas, quero estender esse ciclo de reflexões para você, que está lendo esse emaranhado de pensamentos. Será que temos consciência de que estamos nessa terra apenas de passagem e há uma eternidade nos esperando? Será que nossa vida, tem sido transforada por Jesus o suficiente para marcar a vida das pessoas a nossa volta? Será que nossa vida tem mostrado mais apego ao que é daqui ou que é da eternidade?
Precisamos, de verdade, entender que a nossa vida e existência não acabam aqui. Nossos parentes, vizinhos, colegas de trabalho e faculdade também precisam saber. A nossa eternidade e a deles depende disso. Não quero mais escutar choros e gritos de desespero em funerais, pela incerteza do que há depois por aqueles que partiram ou ficaram, gostaria de sempre ouvir choro de saudade e cantos de gratidão à Deus por mais um irmão que já se encontra em nosso verdadeiro lar.
Nunca será um adeus.
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