E vi quando abriu o sexto selo, e houve um grande terremoto; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua toda tornou-se como sangue; e as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira, sacudida por um vento forte, deixa cair os seus figos verdes. E o céu recolheu-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. E os reis da terra, e os grandes, e os chefes militares, e os ricos, e os poderosos, e todo escravo, e todo livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos da face daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da ira deles; e quem poderá subsistir?
Apocalipse 6.12-17
Há pouco aqui na minha cidade caiu uma chuva daquelas, bem forte e com trovões que faziam você considerar a ideia de que alguém está bombardeando a sua casa. Enquanto isso, ouvi de algumas pessoas “Que medo!”, “Fico muito assustado com isso.”, e coisas afins. Por que essa reação? Porque as pessoas têm medo daquilo que está fora do seu controle e que pode ser uma ameaça. Tá, mas o que tem isso a ver com nosso texto de hoje? Tem a ver que eu tava lendo Apocalipse no momento da chuva e a reflexão é inevitável: se as pessoas se assustam tão terrivelmente com uma mera chuva forte, como será quando virem o Filho do Homem vindo com poder e grande glória? (Mt 24.30)
O dia em que Cristo voltar será de intenso e eterno júbilo da parte de Sua amada igreja que será levada para sempre com Ele, mas será também o grande (e terrível!) Dia do Senhor. Será o dia em que Deus restaurará os Seus e que condenará os ímpios. O texto diz que pessoas de várias classes estarão tão amedrontadas que desejarão que os grandes montes caiam sobre si para que possam se esconder da ira de Deus e da de Seu Filho.
Isso te dá um pouco de medo? Bom, a mim, sim. Me faz enxergar o quanto o Senhor é grande e temível, e o quão pouco tenho oferecido a Ele da minha vida. Se uma mera chuva é capaz de destruir tanta coisa sozinha, imagina a ira do Cordeiro e de Deus Pai. Imagine que você está no litoral quando enxerga aquela tsunami gigantesca. Qual o sentimento que você tem no coração nessa hora? Terror? Agora imagine você diante daquele que se assenta no trono celeste! Se os fenômenos da natureza nos causam esse pânico, e Aquele que a governa? Precisamos nos esforçar para não sermos encontrados despreparados para receber nosso Noivo.
Nós temos que enxergar a face poderosa do Cordeiro, para que o temamos. Às vezes ficamos com a ideia na cabeça apenas daquele Jesus que veio como carne e foi humilde e padeceu. E, de fato, aquela é a personalidade dele, Ele não é outra pessoa agora. No entanto, Ele esvaziou-se de si mesmo, sendo em forma de Deus (Fp 2.5-11). O momento não era para que Ele mostrasse toda a sua glória, mas a segunda vinda será.
Enquanto eu conversava com um amigo descrente sobre Deus, ao falar sobre o inferno, ouvi dele o seguinte: “Ah, então se Deus for de fato alguém que mandaria pessoas ao inferno para a eternidade, eu prefiro ir mesmo do que servir um Deus assim.” Quanta arrogância e ingenuidade! A verdade é que, como diz Paul Washer em seu livreto “O Verdadeiro Evangelho”, todo joelho se dobrará diante do Senhor, seja voluntariamente, por reconhecê-lo como digno, seja porque os joelhos serão quebrados por Aquele que rege as nações com bordão de ferro.
O SENHOR é digno, temível. E o terrível dia da sua ira virá em breve. Dê glórias a Ele com a sua vida e prepare-se para recebê-lo, para que, com todo o temor que você tem, descanse em Cristo para livrá-lo da ira vindoura. Caso não, não tenho boas notícias pra você.
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