Você já parou para pensar a respeito do que oferecer a Deus? Diante de tudo que o Senhor é e tem feito, apesar de mim, percebo que seria impossível pagá-lo por tamanho amor e graça dispensada. Ao olhar para o meu interior vejo que, como pecador, não existe nada de bom que possa dar em troca por todos os Seus benefícios concedidos, pois não são por causa dos meus méritos ou obras, pelo contrário, é tudo sobre Deus – Por Ele e Para Ele!

Com isso em mente, há alguns dias fui confrontado em uma situação que requeria algo de mim: uma entrega. Como confuso que sou, decidi pedir ajuda para alguém a respeito do que deveria dar. Daí, fui atendido sabiamente com a seguinte frase: dê o que você gostaria de receber! Isso foi um tapa na minha cara porque me fez refletir bastante sobre o tipo de cristão que tenho sido no serviço do reino, pois é fácil dar quando se tem muito ou em sobras, mas quando se precisa, requer fé e voltar-se para Deus. (não falo apenas de dinheiro) Vamos ao texto bíblico:

E estando Jesus assentado defronte da Arca do tesouro, observava a maneira como a multidão lançava o dinheiro na Arca do tesouro; e muitos ricos deitavam muito.E chegando uma pobre viúva, deitou duas pequenas moedas, que valiam cinco reis, E chamando os seus discípulos disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deitou mais que todos os que deitaram na Arca do tesouro. Porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento.” Marcos 12:41-44

            A história narrada acima é bem conhecida acerca da viúva que ofertou, ou seja, deu duas pequenas moedas. De maneira geral, é interessante notar a conexão e o contraste com os versículos anteriores que trata sobre uma discussão de Jesus com os lideres e mestres da época (Mc 11:27), por eles se considerarem “sábios demais” ao passo que o Senhor responde de uma forma surpreendente: com verdade, sabedoria, e amor.

            No primeiro momento, vemos Jesus atento para o que acontecia naquele cenário, pois observava atentamente (v.41). Tal fato não mudou, pois Deus vê desde os céus toda a humanidade (Sl 33:13). Em seguida, a viúva é caracterizada por sua condição de miserabilidade, sendo sua oferta descrita em termos quantitativos (v.42). Entretanto, o que mais chama atenção é a declaração de Jesus que aponta para valorização não meramente pela quantidade, mas pelo ato de entrega total (v.43), pois os outros davam o que sobrava, enquanto ela deu TODO seu sustento (v.44).

            Será que estamos dispostos a seguir esse belo exemplo de fé prática em Deus ou preferimos dar as sobras para Ele? De maneira alguma quero estar dividido ou em cima do muro. Quero me entregar por inteiro a Deus (espero que esse seja o seu desejo também). Você pode se perguntar, assim como já me perguntei, – por que ela fez isso? Por amor e fé em Deus. A reposta pode parece ser simples, porém teve um preço: a viúva entendeu que nada substitui seu Senhor, o qual lhe concedeu tudo. Ainda que ficar sem nada, materialmente falando, venha a ser espantoso, certamente ela tinha convicção de que Deus é suficiente, apesar das circunstancias terrenas.

            No antigo testamento é comum encontrarmos essa noção de oferta associado a sacrifícios das primícias em obediência a Deus (Ex 34:26, Pv 3:9) que revelam o melhor que o povo tinha plantado, pois os primeiros frutos eram os melhores, os quais deviam ser oferecidos a Deus. Entretanto, independente do tipo de oferta, sabemos que essa deve ser voluntaria e não por obrigação (2 Co 9:7).  Assim, podemos entender que embora a viúva tenha dado a “menor oferta em quantia”, deu a maior lição, pois era seu sustento.

Sendo assim, que a vida seja nossa oferta a Deus. Pois é o que temos e que veio unicamente dEle. Só assim será possível se entregar sem reservas e ser totalmente satisfeito nEle. Comece revendo suas prioridades e permita-se ser moldado pelo Senhor para que seu maior desejo seja realizar a vontade daquele que a tudo sustem.

 

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