[…] nem se ocupem com fábulas ou genealogias intermináveis, pois produzem discussões em vez de favorecer o propósito de Deus, que tem como fundamento a fé.
1 Timóteo 1.4
Lendo a carta do apóstolo Paulo ao jovem Timóteo nesta semana, me deparei com esta passagem e acho que a percebi com mais ênfase desta vez. Paulo lembra que o pediu para ficar em Éfeso para advertir falsos mestres que poderiam estar disseminando doutrinas falsas. A recomendação do apóstolo é que estes não se ocupem com histórias sem fundamento e falsas percepções da realidade, por estas produzirem discussões que não são favoráveis ao propósito de Deus. Em outras palavras, perderam o foco [ou nunca o tiveram de verdade].
Fiquei pensando sobre como muitas vezes nós perdemos o foco no trabalho ao Senhor, por posições que tomamos que, definitivamente não seria necessário que tomássemos. Já falei algumas vezes aqui que, depois de um tempo de fé cristã, as pessoas ficam mais suscetíveis do que o normal a se tornarem soberbas, no sentido de que adquirem mais conhecimento acerca de Deus. Se este conhecimento não vier regado de piedade, em uma vida de oração, elevará você no seu próprio coração de maneira que você apenas fará barulho, desviando-se do propósito de Deus, ao invés de cumprir a vontade dEle.
Tenho pensado em como precipitadamente discutimos teologia por aí de uma maneira errada. Não me entenda mal, discutir teologia é uma maravilha! A questão é o método. Discussões de Facebook, por exemplo, raramente dão certo nesse sentido. Toma forma de uma batalha por posições teológicas em que nenhum dos lados está disposto a aprender com a Palavra de Deus, e sim querem que o outro enfie guela abaixo seu sistema doutrinário, ou seja, é uma briga de egos. Não tô aqui defendendo ecumenismo ou algo do tipo, a Palavra de Deus é uma só, de única interpretação correta (2 Pedro 1.20). Porém, precisamos ser mais humildes e dispostos a aprender dela de coração puro e boa consciência, para vivermos uma fé sem hipocrisia. Não nos desviemos destas coisas desejando mera aparência, irmãos. Essa é uma luta minha também. Preocupemo-nos em servir a Deus em espírito e em verdade, como verdadeiros adoradores (João 4.23). Que nossas “discussões teológicas” tenham como finalidade o conhecimento de Deus e a edificação da igreja, em amor.
Que Deus nos abençoe. Produzamos frutos.
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