Ultimamente andei lendo alguns livros escritos pelo puritano John Owen, bem como alguns livros que faziam muitas citações aos seus escritos. O resultado é que fiquei encantado com a profundidade e a delicadeza da escrita desse puritano. Esse puritano inglês viveu entre 1616 a 1683. Seu livro “Comunhão com o Deus Trino” está entre as melhores coisas que já li na vida.
Neste brevíssimo texto de hoje gostaria de compartilhar algumas citações desse puritano e refletir com os leitores sobre a preciosidade do conhecimento de Cristo que essas citações revelam. Claramente, a obra desse irmão é milhões de vezes superior ao assunto desse texto. Assim sendo, o objetivo desse texto é mais tirar verdades para nossa edificação do que fazer alguma espécie de resumo a obra de John Owen. E que nossos olhos não fiquem nesse irmão, um vaso do Senhor, mas sim, ascenda aos céus e contemple ao nosso Deus por meio dos escritos desse servo.
Jonh Owen sempre medita muito sobre o amor de Deus em seus escritos. Ele diz que “A maior tristeza e o maior fardo que se possa lançar sobre Deus Pai, a maior falta de bondade para com ele, é não crer que Ele o ama”. Você já pensou em Deus nesses termos? Se eu te perguntasse, qual o maior desgosto que podemos dar a Deus? O que você diria? O que eu diria? Cometer um pecado sexual? Fazer sua obra com preguiça? Deixar de dar o dízimo? Obviamente todas essas coisas são erradas. Mas o nosso erro que mais desagrada a Deus, é deixar de crer no seu amor. Deixar de crer no seu evangelho, nas suas boas novas, no seu amor que Ele deu seu próprio filho pra provar. Que Deus nos ajude a nunca nos esquecermos do amor do nosso Pai.
Em outra citação Jonh Owen nos lembra da compaixão de Cristo: “Ele se preocupa profundamente com todas as nossas enfermidades, tristezas e sofrimentos. Isso vem com uma inclinação para nos aliviar, de acordo com a natureza da aliança. Durante nossas provações Ele é verdadeiramente comovido em Sua natureza Santa”. Jesus se preocupa profundamente conosco. Ele não está irado para com seus crentes. Muito pelo contrário, Ele está profundamente preocupado com nossas enfermidades, tristezas e sofrimentos. Que belo retrato temos aqui de Jesus Cristo. Ele é nosso sumo sacerdote. Se preocupa com nossas fraquezas e vive para interceder por nós. Que não percamos isso de vista.
John Owen também nos lembra da ação do Espírito Santo em nós: “E o que somos nós, nos quais o Espírito Santo opera sua obra? Obstinados, perversos, ingratos, provocadores. Mas, em seu amor e ternura, Ele continua a nos fazer bem” O Espírito Santo é Deus. Ele é uma pessoa. E ele nos ama. Mesmo sendo nós provocadores, Ele nos ama e continua a fazer sua obra em nós.
John Owen não escreve só sobre coisas doces. Ele também nos exorta severamente contra a malignidade do pecado: “Pense no seu coração como sendo o lugar onde habitam “traidores”. Estes traidores são seus desejos pecaminosos e fraquezas”. Não é essa nossa experiência irmãos? O nosso coração não é um covil de traidores? Esses traidores são nossos desejos pecaminosos e nossas fraquezas. Eles querem nos trair e nos matar. Por isso devemos mortifica-los antes que eles nos matem. É isso que Owen expõe em um dos seus livros sobre tentação e mortificação do pecado. Que Deus nos ajude.
John Owen é um teólogo de mão cheia, mas também, é muito devocional. Ele nos lembra da importância de devoções aquecidas. Um dos seus livros são repletos de citações ao livro de cântico dos cânticos. Ele nos diz “Este é um pequeno vislumbre…de alguém que já descobriu que essa comunhão (com Deus) é melhor que dez mil mundos; que deseja gastar o restante dos poucos e miseráveis dias de sua peregrinação na busca disso – na contemplação das excelências, da atratividade, do amor e da graça de nosso amado Senhor Jesus”. Esse irmão perdeu 11 filhos ao longo da vida. Ele tinha tudo para viver amargurado. Mas, graças ao Senhor, ele descobriu que a comunhão com Deus era melhor que dez mil mundos. Melhor que dez mil vidas. Ele reverbera o Salmo 84.10: “Porque vale mais um dia nos teus átrios do que em outra parte mil”. Que esse seja nosso coração irmãos. Que Deus nos ajude.
Haveriam muitas outras citações pra compartilhar da rica obra desse irmão. Mas creio que as que apresentei já são suficientes para o propósito desse texto. Que nos lembremos do amor do Pai, da compaixão de Cristo, do amor do Espírito Santo, da malignidade do pecado e da doçura da comunhão com Deus todos os dias. Amém.
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