Tenho lido um ótimo livro sobre como a graça de Deus, que é capaz de preencher os cantos mais obscuros do nosso ser, lida diretamente sobre o pecado, quando nos tornamos filhos de Deus. Um dos propósitos desse privilégio, no qual nós não merecíamos, é justamente moldar um caráter humilde e dependente, exaltando a glória de Deus em nossas fraquezas.
Esse pequeno recorte do livro, promoverá uma reflexão profunda e libertadora. Confira:
“Deus poderia nos ter salvado e nos feito perfeitos instantaneamente. Em vez disso, ele escolheu nos salvar, deixando um pecado remanescente, em nossas vidas e corpos, que trava guerra contra os nossos novos desejos de agradar a Deus, os quais florescem com a salvação.
Essa é uma batalha acirrada que frequentemente perdemos e que quase sempre nos faz sentir derrotados e sem alegria em nossa caminhada com Deus.
Contudo, Newton também destaca que, uma vez que sabemos que Deus faz tudo visando a sua própria glória e ao bem de seu povo, sua decisão de deixar os cristãos viverem com muitas lutas contra o pecado deve, de alguma forma, servir igualmente para glorificá-lo e beneficiar seu povo. Essa é uma notícia chocante, não é?
Pense no que isso significa. Deus pensa que você de fato o conhecerá e o amará melhor na condição de pecador, desesperado e fraco, em contínua necessidade da graça, do que o faria como um guerreiro cristão triunfante que ganha toda e qualquer batalha contra o pecado. Isso dá sentindo à nossa experiência como cristãos.
Se a obra do Espírito Santo é nos tornar mais humildes e dependentes de Cristo, mais gratos por seu sacrifício e mais dispostos a adorá-lo como um Salvador maravilhoso, ele deve estar fazendo um trabalho muito, muito bom, embora você ainda peque dia após dia.”¹
É incrível como somos beneficiados incondicionalmente, por algo que, de fato não merecíamos. A pergunta que fica é: “Que valor damos a este tesouro tão rico e precioso, que custou o sangue bendito do nosso salvador?”
Sobre o livro, como diz meu professor: “Ele não é bom. É excelente meus amigos!”
[1] – Duguid, Barbara R. Graça Extravagante – A glória de Deus revelada em nossa fraqueza. Ed. Fiel, 2015, 284p., p.41.
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