O ano mal começou e já estamos em seu 20º dia. E como foi a sua virada de ano? Traçou alguma(s) meta(s) para este 2015 que se inicia? Bom, eu gosto de escrever algumas coisas que pretendo desenvolver ao longo do ano, para este, uma delas foi: buscar mais a Deus por meio de sua Palavra.
Para isso, comecei separando quatro livros para este mês de janeiro: ‘O discípulo radical’, do John Stott; ‘A morte da razão’, de Francis Schaeffer (o autor de ‘A arte e a bíblia’ que resenhei); ‘A arte não precisa de justificativa’, do H. R. Rookmaaker; e ‘Teologia para o cotidiano’, do Elben M. Lenz César (editor da Ultimato).
Desses, já li os dois primeiros e estou na metade do terceiro. São pequenos e muito bons. A leitura é leve (embora seja confrontante) e a linguagem é bem tranquila, sendo assim, dá para ler em uma semana, no máximo.
No post de hoje, quero compartilhar um pouco do que aprendi com o John Stott em ‘O discípulo radical’, livro que ganhei da Editora Ultimato. Antes de mais nada, meu conselho para você, cristão que deseja mais compromisso na caminhada cristã, é: leia este livro!
Já li outros livros do Stott, inclusive, já resenhei ‘Cristianismo básico’ também, que muito me inspira. Acho de extrema importância atrelar à leitura bíblica a leitura de livros verdadeiramente cristãos. As exposições de temas que são feitas nos esclarecem e nos ajudam a compreender outros pontos de vista acerca da Palavra.
Mas, vamos ao livro em questão!
Como é demonstrado na própria capa (que é linda!), o sentido da palavra ‘radical’ está relacionado à raiz. O livro se divide em 8 partes, além do prefácio e da conclusão.
O autor começa apresentando os termos discípulos e cristãos (ambos designam relacionamento com Jesus), e afirma que o primeiro termo ‘talvez seja mais forte, pois inevitavelmente implica relacionamento entre aluno e professor’ e que o segundo pouco aparece no Novo Testamento, por isso faz uso da expressão ‘discípulo radical’.
Quais são as características de um discípulo radical, segundo John Stott?
O discípulo radical…
- É inconformado, ou seja, não se conforma com o padrão deste mundo, mas vive conforme a imagem de Jesus.
- É semelhante a Cristo. Essa característica é meio óbvia, né? Mas é isso mesmo, devemos ser como Cristo em sua encarnação (humildade, em Filipenses 2:5-8); em seu serviço; em seu amor; em sua longanimidade; e em sua missão.
- É maduro, isto é, relaciona-se com Cristo conhecendo-o, adorando-o, confiando nele, amando-o e obedecendo-lhe.
- É Cuidadoso com a criação. Essa característica é muito importante. Stott nos diz que ‘as afirmações de que ‘ao Senhor pertence a terra’ e ‘a terra deu-a aos filhos dos homens’ se complementam, não se contradizem’. Portanto, cabe a nós a economia e o cuidado com a criação.
- É simples, sobretudo em questões que envolvem bens e dinheiro. Quando a igreja ‘se mostra mais claramente distinta do mundo em seus valores, padrões e estilo de vida, é que ela apresenta ao mundo uma alternativa radicalmente atraente, e assim exerce sua maior influência por Cristo’.
- É equilibrado, portanto, investe tanto em seu discipulado individual quanto na comunhão corporativa.
- É dependente [de Deus]. Cristo é o exemplo máximo de dependência. Com ele, ‘aprendemos que a dependência não destitui – não pode destituir – uma pessoa de sua dignidade, de seu valor supremo’, então, se coube a ele ser dependente, cabe a nós também.
- É morto para suas próprias vontades. Esse é um dos maiores paradoxos da fé cristã: temos vida eterna e vida em abundância por meio da morte. Podemos constatar isso, por exemplo, em nossa salvação, no próprio discipulado (negar-se a si mesmo), na missão de levar o evangelho e nas perseguições.
Enfim, para aprofundar mais em cada um desses pontos, volto a dizer: leia este livro! O que temos como conclusão de tudo isso, é que não devemos somente tratar Jesus com títulos honrosos (da boca para fora), mas, principalmente, seguir seu ensino, seu exemplo e obedecer aos seus mandamentos.
O desafio para 2015 é: vamos ser discípulos radicais?
Que, em nome de Jesus, Deus abençoe nosso ano com muita paz, amor e direção. Que nossos planos estejam completamente alinhados à vontade dele. Que nos espelhemos em Seu filho e que não desanimemos da caminhada que nos foi proposta. Certo?
Uma ótima semana para você!
Com carinho,
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