Uma das minhas formas de descanso é escrever enquanto escuto música.

Nesse dia, optei por Palavrantiga. E foi meditando nas músicas deles, que escrevo esse texto.

Comecei ouvindo “O amor que nos faz um”. E uma das frases dessa música, ficou ecoando em minha mente:

“E parece dizer, é o Senhor quem pergunta: onde está você? Você que diz que Me adora, mas não estende a mão.”

Imaginar Deus me fazendo essa pergunta, me constrange, me deixa com vergonha. Me faz querer cavar um buraco e me enfiar dentro.

Enchemos a boca para falar que amamos a Deus, que O adoramos, que O honramos… mas, não estendemos a mão para ajudar os necessitados. Os que tem fome, os que tem sede, os que sofrem.

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Muitas vezes, estamos vivendo dentro de um clube na igreja. Ninguém entra, ninguém sai. Vivendo em um clube, um parque aquático, cercado para que não entrem os que não são sócios. Não deixamos aquele que não tem status entrar, o que não tem dinheiro, o que não se encaixa em nossos padrões. Se um mendigo entrasse hoje em sua igreja, cheirando mal, você que faz parte do ministério da recepção, o abraçaria?

A igreja é para o mundo, para atingir o perdido, o que tem fome, o que tem sede. O que precisa de um abraço, de uma palavra.

Você que se acha tão religioso, sabe o que a Bíblia diz sobre a religião?

“A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.”  Tiago 1:27

Dizemos que amamos a Deus, mas não estendemos a mão.

É hipocrisia estender as mãos aos Céus para pedir as bênçãos de Deus, mas não estender as mãos para o lado, para abençoar.

Quantas pessoas estão ai fora, sedentas por amor? Sedentas por atenção?

E o que você tem feito? Cadê você que diz que adora a Deus, mas não estende a mão?

“Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.”
Mateus 25: 41-45

Com amor

Pati Geiger