Pessoal, graça e paz! O post de hoje é bem mais do que o velho clichê de motivações para o início do ano. É algo que devemos praticar sempre como disciplina cristã.
O evangelho de João registra que, na noite que antecedeu a crucificação, Jesus deu uma série de exortações ao Seu grupo de 12 discípulos. Isso vai desde à lição de humildade quando Ele lavou os pés daqueles homens (capítulo 13), a promessa de vida eterna com Ele (capítulo 14), a promessa da vinda do Espírito Santo sobre o povo de Deus (capítulo 14 e 16) até sua oração sacerdotal (capítulo 17).
No capítulo 15, o Senhor fala de como o relacionamento de um crente deve ser construído com Ele. E é nisso que convido a refletir comigo. Gostaria que você lesse o texto de João 15.1-10. Não irei transcrever a passagem para não delongar o post.
Já leu? Pois bem, vamos ao trabalho!
Primeiramente, Jesus afirma que a única forma de se aproximar de Deus não é por uma igreja A ou B, mas através de um relacionamento concreto com Ele. Há doutrinas e religiões que se mostram como caminho para Deus (que poderiam ser chamadas de videiras falsas), mas somente em Cristo que é possível ter uma vida plena.
Tanto é verdade que um pouco antes, em João 14.6, Jesus diz que é o Caminho. Na igreja primitiva, os cristãos eram conhecidos como seguidores do Caminho (Atos 9.2). Justamente por causa do que Cristo afirmou sobre Sua natureza e unidade com o Pai.
Em segundo lugar, o Senhor faz diferença entre os que decidiram optar por outro caminho (os que não dão fruto) e aqueles que são fiéis no relacionamento com Ele (os que dão fruto).
Aqui cabe uma observação. Dar fruto não é obrigatoriamente sinônimo de ter numerosos discípulos. Vemos Paulo recomendar aos gálatas que eles manifestassem o fruto do Espírito (Gálatas 6.22-23). E essa frutificação nada mais é do que ter um caráter que condiga a afirmação de ser cristão.
Outra coisa: conhecer a Deus através da Bíblia é ponto fundamental para todo cristão. Não podemos achar que estudar a Palavra é coisa só para pastores ou professores de EBD. Um filho que não sabe quando o seu Pai está falando não vai muito longe. Lembre-se do que Timóteo recebeu como conselho (2 Timóteo 3.16-17).
Nunca é demais lembrar que somos totalmente, completamente, integralmente dependentes de Deus. Sua misericórdia é a causa de não sermos fulminados pelo peso do nosso pecado (Lamentações 3.22). Ao invés de pedir conselho até para pessoas que não são tementes a Deus, por que você não tira um tempo para orar e expor sua situação ao Senhor? Garanto que a resposta é a melhor que você poderá dar ao problema.
O Senhor é misericordioso, mas também é justo. Ele não poderia tolerar que o pecado continue na vida de quem diz estar próximo dEle e ficar indiferente a isso, já que Ele é santo (separado do pecado). A recordação de que haverá um juízo é o ponto chave desse versículo (Mateus 25.31-46).
Quando Jesus diz “pedireis o que quiserdes, e vós será feito” alguns crentes interpretam da pior maneira possível. Eles acham que Deus teria a obrigação de fazer algo em favor de Seus filhos pelo fato de estarem na igreja, fazerem boas obras ou serem dizimistas, por exemplo. Mas com o Senhor a barganha não existe. Deus cumpre Sua palavra para conosco pelo fato de manter Sua honra (1 João 5.14). As coisas que pedimos devem ser conforme a vontade santa de Deus.
O amor de Cristo não é demonstrado apenas na cruz. O fato dEle ter decidido encarnar, viver como cada um de nós, mostrando que é possível sim ter uma vida sem pecado é algo extraordinário (Hebreus 4.15).
O cumprimento dos mandamentos resume-se em amar aos outros assim como o Senhor nos ama. Isso significa uma entrega por completo em prol do bem dos outros, sem esperar nada em troca. Você pratica o bem a alguém não porque quer algo de volta, mas porque quer o melhor para a pessoa (Efésios 5.1-2).
Que todos os dias de nossa vida, e não só deste novo ano, sejam ligados a Cristo e à Sua vontade, para que o nome dEle seja glorificado ainda mais através da igreja.
Semana abençoada, em nome de Jesus. Abração!
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