Gênesis 25: 30. e disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou muito cansado. Por isso se chamou Edom. 31. Respondeu Jacó: Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura. 32. Então replicou Esaú: Eis que estou a ponto de morrer; logo, para que me servirá o direito de primogenitura? 33. Ao que disse Jacó: Jura-me primeiro. Jurou-lhe, pois; e vendeu o seu direito de primogenitura a Jacó. 34. Jacó deu a Esaú pão e o guisado e lentilhas; e ele comeu e bebeu; e, levantando-se, seguiu seu caminho. Assim desprezou Esaú o seu direito de primogenitura.
Meus irmãos, esta passagem de Gênesis – o relato do desprezo de Esaú pela sua bênção – precede a história de como o Senhor Deus cuidou de Jacó e rejeitou a Esaú, não encontrando ele lugar de arrependimento.
Vejamos o que motivou Esaú a que se esquecesse do seu direito. Bom, no verso 32, vemos que Esaú está tão cansado e com fome, “a ponto de morrer”, que a sua condição o fez enxergar aquela refeição como mais do que ela de fato era. Esaú estava tão focado nos seus próprios sentimentos, sensações e aflições que se esqueceu de que aquilo que estava por vir seria de maior proveito para ele.
Meus irmãos, quero que reflitamos por ao menos um pouco neste dia sobre como estamos trocando o Senhor pelos prazeres desta terra. Diante de aflições e tentações que nos são difíceis de suportar, mantemos os olhos em nossos próprios sentimentos de maneira que, com nossos atos, rejeitamos a Deus e negamos o Seu Filho?
Hebreus 12: 16. e ninguém seja devasso, ou profano como Esaú, que por uma simples refeição vendeu o seu direito de primogenitura. 17. Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado; porque não achou lugar de arrependimento, ainda que o buscou diligentemente com lágrimas.
Precisamos compreender que o que Deus separou para nós na eternidade é infinitamente melhor do que qualquer dos prazeres carnais que o pecado pode oferecer. Rejeitar isto para satisfazer o desejo de pecar, devido à forte tentação é tolice! No fundo, é um pecado não apenas de idolatria (colocando a si mesmo como mais digno de ter a vontade satisfeita do que Deus), mas também de incredulidade. Como diz John Piper, sempre que escolhemos o pecado, estamos livremente dizendo: “Deus, eu não creio que a alegria que Tu propuseras pra mim na santidade é maior do que a que sentirei cometendo este pecado.” Estamos sendo incrédulos e amando a morte.
Provérbios 8: 36. Mas o que pecar contra mim violentará a sua própria alma; todos os que me aborrecem amam a morte.
Precisamos confiar nas promessas de Deus, pois:
Números 23: 19. Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?
Portanto, não sejamos, irmãos, como Esaú. Caso contrário – permanecendo como ele – choraremos com todo clamor de nossas almas e não encontraremos lugar de arrependimento em nosso coração. Não estou pregando que a salvação pode ser perdida, mas precisamos confirmar a nossa eleição em Cristo Jesus (1 Pe 1.10).
Que o Senhor Jesus Cristo, imagem do Deus Pai, nos guie na graça do Espírito Santo para que sejamos nós também santos. Amém.
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