Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos. Êxodo 20.4-6
Ao contrário do que muitos pensam, o segundo mandamento trata de bem mais coisas que a questão da idolatria propriamente dita. Ele tem como tema geral as diversas ordenanças (oração, pregação da Palavra, administração dos sacramentos, governo e disciplina da igreja, jejum) que Deus instituiu ao homem em Sua Palavra para o culto religioso (Deuteronômio 32.46-47).
A igreja tem o dever de reconhecer o verdadeiro culto como uma obrigação de consciência e conduta, observando-o e preservando-o, afim de que corrupções ou modificações humanas sejam impedidas de ocorrer nele (1 Timóteo 6.13-14). O segundo mandamento exige rigorosa separação e rejeição de todas as formas de adoração a Deus não determinadas nas Escrituras, como ordens secretas, seitas, imagens e outros elementos do culto falso (Atos 17.16-17).
Somos proibidos de inventar, aconselhar, ordenar, usar e aprovar de algum modo qualquer culto religioso não instituído pelo próprio Deus (Oséias 5.11), uma vez que a única forma correta e aceitável de adoração ao Senhor é aquela determinada por Ele mesmo e não pode ser modificada pelos homens (Zacarias 13.2-3).
Este princípio aplica-se diretamente à igreja combater veementemente doutrinas que incentivam o abandono da crença na real soberania de Deus (como o teísmo aberto – Deuteronômio 4.2), a existência de uma religião mista com elementos de diversas crenças (o chamado ecumenismo – 1 Pedro 1.18) e adoção de práticas supersticiosas como forma de louvor ao Senhor (óleo “ungido”, relíquias religiosas e coisas desse tipo – Atos 17.22). A tendência dos homens que seguem culto diferente do proposto pela Bíblia é de que criem a imagem de um deus à semelhança deles, com suas mesmas falhas e paixões (Deuteronômio 12.30-32).
O segundo mandamento também condena a indicação com fins escusos de pessoas a ocuparem postos oficiais da igreja (simonia – Atos 8.18) e o tratamento satírico daquilo que é considerado sagrado (sacrilégio, como paródias do texto bíblico, imitações da pessoa de Deus ou de qualquer ordenança do culto divino – Mateus 22.5).
Devemos ter o zelo de participar fielmente do culto a Deus e de evitarmos qualquer compromisso com qualquer coisa que seja contrária à vontade revelada do Senhor.
No próximo mês, estudaremos a respeito do terceiro mandamento.
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