Graça e paz, galera. Tudo numa boa? Sou um daqueles que pensam que para se aprender a fazer alguma coisa, o melhor é ir direto à fonte. Por essa lógica, para que saibamos mais a respeito do crescimento da igreja, nada mais óbvio do que voltarmos no tempo e termos uma aula com os próprios apóstolos de Jesus.
Ao ler o livro de Atos, percebe-se que a essência da comunidade cristã era bem diferente do que vemos em muitas igrejas atuais. O convívio dos primeiros fiéis era movido pelo amor desprendido, evangelismo ousado e fé inabalável. Por que não tomamos esse modelo para nossas congregações?
Você conhece o camaleão. Ele assume as cores do ambiente em que habita para evitar ser atacado pelos seus predadores. Posso dizer com segurança que algumas igrejas assumiram o hábito desse animalzinho. O problema é que muitos cristãos estão camuflados com as cores do mundo. Refiro-me ao mundo como o sistema que é contrário ao plano de Deus. Todo ensino que é contrário à Bíblia é proveniente do mundo. É óbvio que precisamos evitar contato com ele, senão daqui a pouco temos mais parte com ele do que com o Senhor.
Um versículo que sempre me chama atenção é esse aqui:
E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Atos 2.42
Vemos nele 4 pontos que ajudarão a mudar nossa maneira de enxergar a igreja. Primeiro, os cristãos antigos tiveram muito zelo em manter o ensino de Jesus e dos apóstolos vivo em seus corações. Tanto é que Lucas utilizou o verbo ‘perseverar’ para transmitir a força da ideia. Quem persevera não desiste fácil nem se distrai. A igreja primitiva era disposta a aprender. Da mesma forma, precisamos ter a mente aberta para nos instruirmos no conhecimento de Deus revelado através de Sua Palavra (2 Timóteo 3.16-17). Trocando em miúdos: vamos ler mais a Bíblia!
Segundo, o pessoal mais antigo vivia em comunhão. Muita gente acha que demonstrar comunhão é abraçar algum irmão no fim do culto ou ir comer algo com uma turma de amigos. Essas são apenas partes de uma vida em comunhão. Aqueles cristãos dedicavam-se a ajudar os irmãos que não tinham condição financeira favorável, dividindo seus pertences. Eles também visitavam os doentes, para orar e trazer conforto às famílias entristecidas (Tiago 5.13-15). O ponto-chave é ter um relacionamento saudável com a congregação o tempo todo.
A terceira parte do versículo tem a ver com a comunhão também. Notamos que eles não tinham um escorpião no bolso (Atos 2.44-45). Quando podiam ajudar, o faziam com alegria, sabendo que estavam semeando no Reino de Deus.
Por último, os cristãos da old school perseveravam na oração. Eles não se reuniam para orar apenas quando as coisas estavam pegando fogo. Oravam porque gostavam de orar (1 Tessalonicenses 5.17). Eles sabiam que a oração é uma forma de relacionar-se melhor com Deus. Este hábito também deve ser cultivado por nós. Falamos tanto com os outros que esquecemos de dar um tempo especial ao Senhor. Ele é nossa prioridade sempre.
A igreja primitiva não deve ser apenas um objeto de admiração para os cristãos atuais. As boas práticas dela continuam demonstrando de que forma um discípulo de Jesus deve agir. Minha oração é que possamos dar tão bom testemunho quanto os primeiros crentes deram durante o primeiro século.
Semana de vitórias para todos. Abração!
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