A Páscoa é uma celebração cristã que comemora a ressurreição de Jesus de Nazaré, que havia sido morto e sepultado na província da Judeia, entre 30 e 33 d.C. Esta celebração faz parte da chamada “Semana Santa”, que inclui a Quinta-Feira Santa, em que se comemora a Última Ceia e a cerimônia do lava-pés e a Sexta-Feira da Paixão, quando é relembrada a crucificação e morte de Jesus, o Filho de Deus. Chega a seu clímax no Domingo de Páscoa, quando se celebra a ressurreição corpórea de Jesus, o Messias.
O Mestre Jesus deu à Páscoa judaica um novo significado. Na última ceia, ele identificou o pão e o vinho como sendo seu corpo, que logo seria sacrificado, e seu sangue, que seria derramado em lugar de pecadores. Nesse sentido, Jesus, o Salvador, estabelece a ligação com a morte violenta e vicária que sofreria com a Páscoa Judaica, que celebra a libertação e o êxodo do povo judeu do cativeiro egípcio, em meados de 1440 a.C.
Todas estas afirmações são encontradas em várias passagens da Bíblia Sagrada, que é aceita por todos os cristãos como texto inspirado pelo Espírito de Deus (Êxodo 12.1-51; Mateus 26.26-28.10; Marcos 14.22-16.8; Lucas 22.14-24.12; João 13.1-38, 18.1-20.18; 1Coríntios 15.1-58).
Isto faz da Páscoa a principal celebração do ano litúrgico cristão e a mais antiga e importante festa cristã. Num momento em que os poderes desse mundo lutam para privatizar a fé e resumi-la a uma dimensão pessoal, é ocasião propícia para se afirmar a singularidade e historicidade da crença cristã comunitária no espaço público. Como Jesus, o Filho de Davi, afirmou: “Portanto, todo aquele que me confessar diante dos outros, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; mas aquele que me negar diante das pessoas, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 10.32,33).
No Concílio de Niceia, em 325 d.C., fixou-se a celebração da Páscoa no primeiro domingo depois da primeira lua cheia da primavera, seguindo a prática da igreja em Roma. Assim, a Páscoa determinou todas as demais datas das festas cristãs, exceto as relacionadas ao Advento, já que os acontecimentos comemorados na Semana Santa são, para todos os católicos, ortodoxos, protestantes, evangélicos e pentecostais o fundamento e centro da fé cristã. Pois é por meio da crença nesses fatos que o cristão entra na vida do Reino de Jesus, o Senhor do Universo, e tem a esperança da ressurreição dos mortos e da vida eterna.
“Cristo ressuscitou dos mortos.
Pela Sua morte venceu a morte,
e aos mortos deu a vida”.
(Liturgia bizantina, Tropário no dia de Páscoa: “Pentêkostárion”.)
Foto: Tumba do Jardim, em Jerusalém, Israel.
fonte: https://www.facebook.com/ProfFranklinFerreira/
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