“Graça e paz lhes sejam multiplicadas, pelo pleno conhecimento de Deus e de Jesus, o nosso Senhor. Seu divino poder nos deu todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude.” (2 Pe 1:2,3)
Essa carta foi escrita por Pedro, apóstolo de Jesus, para provavelmente os mesmos destinatários de sua primeira carta, alguns cristãos da Ásia Menor (1Pe 1.1), a fim de alertar sobre os falsos mestres/profetas e suas heresias que tentavam se infiltrar em meio a comunidade cristã. Apesar das grandes críticas ao longo da História sobre a canonicidade/autoridade e autoria dessa carta, ela é viva e eficaz para a igreja do primeiro século e para nós hoje como espada cortante que penetra a alma, espírito e mente.
Essa passagem destacada dentro das saudações da carta, nos traz alguns ensinamentos que gostaria de destacar aqui para nós. Acompanhe aí:
1º A graça e a paz – Essa é uma comum saudação dos cristãos na época. Entendemos que a graça é a grande fonte da nossa paz. A paz só vem por causa da graça. Não há paz verdadeira sem a graça de Deus. A paz é o fruto da graça derramada. Ter paz é ser encharcado pela graça, que nos reconcilia com Deus, com o próximo, com a criação e com nós mesmos.
2º A piedade – Pedro diz que a vida piedosa não é uma mera conquista humana. O homem não pode produzir de si uma piedade verdadeira. O autor está dizendo que é Deus quem dá o que precisamos para uma vida de piedade. Ele mesmo é a fonte para uma vida agradável a Ele.
3º A vida santa – A santidade que buscamos não vem de uma força interior. Se tentarmos nas nossas forças, iremos fracassar, nos frustrar e provavelmente desistir. A vida santa é o resultado do próprio Deus trabalhando em nós através de Seu poderoso e vitorioso Espírito Santo. Se o Espírito habita em nós e nós habitamos Nele, ele produzirá santidade em nós. Quem se diz crente mas sua vida não é um progresso na santidade, talvez não tenha nascido de novo.
Isso não quer dizer, de maneira nenhuma, que não devemos nos esforçar, mas quer dizer que a fonte dessa força não é humana e sim divina.
4º A provisão – O apóstolo nos afirma que Deus é o provedor e o preservador do seu povo amado. Podemos ficar tranquilo, pois certamente o Deus que começou a boa obra em nós irá aperfeiçoa-la até sua volta, como Paulo diz em Filipenses. Ele todos os recursos para nos manter de pé, nos preservar e juntos perseverar nessa jornada proposta por Ele.
Pedro diz aqui que Deus tem todo poder para nos preservar para sua glória.
5º O conhecimento – O autor afirma que a apropriação da provisão divina é por meio do conhecimento pleno de Jesus. O conhecer aqui é teórico e experimental, doutrinário e devocional, teológico e vivencial, estudo e oração. O conhecimento de Jesus nos liberta, salva, livra, transforma, edifica, restaura, cura, supri, enche, fortalece, e muito mais.
6º A glória – Deus chamou seu povo para sua própria glória. A obra em nós é de Deus, por Deus e para glória de Deus. A transformação da nossa vida é visando a glória Dele mesmo. A glória de Deus é objetivo de todas as coisas.
“A todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei para a minha glória: eu os formei, e também eu os fiz. (Is 43:7)”
“Para louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado. (Ef 1:6)”
“Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.”(Rm 11:36)
SOLI DEO GLORIA
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