Você provavelmente já ouviu dizer que a Bíblia é como um manual de instrução para nossas vidas. Seus ensinamentos são preciosos, carregados de sabedoria e úteis para todas as situações. Cada detalhe tem seu motivo de estar descrito ali (2Tm 3.16), o que otimiza nossa limitada compreensão sobre Deus, sobre a vida e sobre nós mesmos.

Quando investimos nosso tempo em ler e meditar na Palavra, conseguimos agir de forma mais sábia. E pode acreditar: este hábito nos ajuda diariamente, até mesmo nas decisões mais simples. A partir disso, vim compartilhar com vocês o que estou aprendendo com Deus.

Confesso que sempre me preocupei em agir corretamente e apresentar um bom testemunho como cristã, mas isso não me isentou de errar muitas vezes. Apesar de falhar frequentemente, minha preocupação em querer sempre acertar me levou a um desgaste desnecessário. E foi neste momento que a Palavra fez (ainda mais) diferença, pois eu me lembrei do seguinte conselho do Pregador:

Não seja excessivamente justo nem demasiadamente sábio; por que destruir-se a si mesmo? Não seja demasiadamente ímpio e não seja tolo; por que morrer antes do tempo? É bom reter uma coisa e não abrir mão da outra, pois quem teme a Deus evitará ambos os extremos. (Eclesiastes 7:16-18)

Como assim, não devo ser excessivamente justa ou demasiadamente sábia? Como considerar esta possibilidade, uma vez que precisamos agir com justiça e a sabedoria nos garante tantas vantagens? Ocorre que quando buscamos excessivamente por justiça, corremos o risco de tropeçar na religiosidade e abraçar a hipocrisia farisaica.

Por mais que a gente se esforce para cumprir tudo o que julgamos ser correto, nem sempre vamos acertar. Por mais que a gente se esforce para ser gentil, nem sempre vamos agradar a todas as pessoas. Ora, ninguém pode fazer o bem o tempo todo (Ec. 7.20). Precisamos reconhecer que somos limitados e depender de Deus.

O perfeccionismo nos leva a sofrer por causa de pormenores e não admite erros, tirando nossa paz e prejudicando nossa saúde física e emocional. Então, pense comigo: por que você seria tão duro consigo mesmo a ponto de se destruir? Na perspectiva de nossa vida cristã, isso pode até nos levar a pensar que seremos recompensados ou salvos por meio de nossas obras ou méritos, contrariando a graça que nos alcançou apesar de nossa iniquidade.

A moderação em tudo é boa. Assim como não é recomendável que sejamos excessivamente justos, também não devemos ser tolos (a graça de Deus sobre nós não é desculpa para vivermos no erro (Rm. 6.1-2)). Precisamos de certo equilíbrio, pois tanto o legalismo quanto a libertinagem são ineficazes.

De forma simples, devemos viver com moderação e temor a Deus, pois só assim sairemos ilesos de tudo isso. Mas se estiver sobrecarregado, aceite o convite para abandonar seu fardo pesado:

Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve. (Mateus 11.28-30)

Que Deus te abençoe muito! 🙂

Mari