“Seja bonzinho, se não Papai Noel não vai lhe trazer presentes no Natal”.
Esse tem sido, para muitos pais, um recurso para tentar manter seus filhos “na linha”.
Mas além dos problemas já conhecidos, crença em uma lenda e deturpação do sentido do Natal, que outras implicações essa frase pode trazer?
Uma primeira implicação se relaciona às crianças. Apesar do uso dessa frase como uma ameaça – no momento de desespero dos pais para manter o controle quando o filho não quer fazer o dever de casa, ou o está envergonhando gritando e rolando no chão do Shopping – no Natal a criança vai acabar ganhado o presente, quer ela tenha se comportado ou não.
Não estou dizendo que você deva deixar de dar presentes aos seus filhos por eles terem se comportado mal durante o ano. O que você deve deixar de fazer é de ameaçá-los falsamente, já que, tenho certeza, você não vai deixar nenhum deles sem um presente, no Natal.
Além disso, Papai Noel não deve ser mencionado nos ensinamentos e processo de educação de nossos filhos, a não ser que seja para orientá-los de que tudo isso é somente uma lenda e que o tal do bom velhinho não existe.
Mas há algo muito importante que você pode fazer, ao dar o presente de Natal para seu filho, é aproveitar a ocasião para ensinar-lhe sobre a graça.
Com certeza seu filho não teve um comportamento imaculado durante o ano, e você pode, então, no momento de entregar-lhe o presente, mostrar que ele o está ganhando, não porque tenha se comportado bem durante o ano. É o momento de mostrar-lhe que o presente não é resultado de seu comportamento, mas do seu amor de pai ou mãe por ele, é a ocasião certa para você fazer um paralelo entre o seu relacionamento com seu filho e o relacionamento de Deus com seus próprios filhos.
Mas ainda há uma outra implicação nessa frase, e agora para os adultos.
Nós, os adultos, não acreditarmos em Papai Noel (espero que você não acredite), mas temos a tendência de nos comportarmos, diante de Deus, como se acreditássemos na sentença em questão. Ou seja, muitas vezes somos motivados a termos um bom comportamento pensando na recompensa. Isso nos leva a tentarmos “ser bonzinhos para ganhar o presente no Natal”.
Se isso fosse verdade, jamais ganharíamos qualquer presente.
E todos nós, os filhos de Deus, ganhamos não um presente, mas O presente de Natal. Cristo é o maior presente, aliás ele não é o presente que chega no Natal, mas foi o Natal que chegou por causa do Presente Jesus Cristo. E não recebemos esse presente do nosso Pai porque nos comportamos bem, mas o recebemos apesar de nosso péssimo comportamento.
A dádiva nos foi dada por pura graça, por puro amor.
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”. Isaías 9:6
Que isso sirva para que, no próximo ano, possamos viver uma vida de gratidão. O grande presente, o principal presente, já nos foi dado, apesar de não o merecermos.
Deus não é Papai Noel.
Autor: Paulo Reiss Junior
Fonte: Voltemos ao Evangelho
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