Desde o Gênesis, o homem buscou ser autônomo, mesmo tendo privilégios sobre as demais criaturas, conforme estabelecido por Deus. A autonomia revela a dificuldade de submissão em relação a Deus e em relação aos homens e é demonstrada em diferentes momentos da narrativa bíblica.
No relato do profeta Joel, a tentativa de autonomia do povo em relação a Deus levou a invasões sucessivas de pragas e um cenário de destruição. O antídoto encontrado em Deus pelo profeta foi a submissão: pelo jejum, pela consagração e pelo reconhecimento do pecado.
É interessante observar como a história é cíclica e o pecado, enraizado. Em nossos dias, o conceito de submissão é violado dentro das ordens estabelecidas por Deus. Em busca de um “sistema melhor”, vemos conceitos distorcidos entre homens e mulheres, pais e filhos, empregadores e empregados.
As palavras do profeta Joel podem, então, ser reproduzidas em nosso tempo: “Voltem para o Senhor, seu Deus, pois ele é misericordioso e compassivo, lento para se irar e cheio de amor; está sempre pronto a voltar atrás e não castigar” (Joel 2:13).
Submetam-se enquanto há misericórdia, compaixão e ira demorada, porque a autonomia certamente leva a um caminho estabelecido por Deus, mas distante Dele por toda a eternidade.
Aos submissos, descansemos na verdade de que: “Então vocês saberão que estou no meio de Israel, que sou o Senhor, seu Deus, e não há nenhum outro; nunca mais meu povo será envergonhado” (Joel 2:27).
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