Nascido no norte da África, viveu por muitos anos abraçado à cultura romana. No entanto, teve influência espiritual de sua mãe e de sua incessante busca pela verdade para que experimentasse a conversão em 386. Foi batizado por Ambrósio no ano seguinte.
Ordenado em 391, trabalhou arduamente na igreja de Hipona até sua morte. Lá teve que lidar com problemas causados pelas seitas donatistas e maniqueístas. Contra os donatistas, desenvolveu o conceito de uma igreja invisível dentro da igreja visível (os verdadeiros crentes dentro do círculo mais amplo da membresia eclesiástica). Já contra os maniqueístas, ele ensinou que há somente um Deus, cuja bondade é infinita. Além disso, a origem do mal se encontra nas decisões pecaminosas das criaturas de Deus. Nesta assertiva, Deus não é o autor do mal.
Agostinho também se distinguiu como defensor da fé cristã em sua oposição ao herege Pelágio. Nesta disputa, ele foi o primeiro teólogo a explicar a relação entre as doutrinas da depravação total e da graça soberana na salvação dos eleitos de Deus.
Agostinho ensinava que o homem, na queda de Adão, perdeu toda a capacidade de obedecer a Deus. Por causa do pecado original, os seres humanos não poderiam realizar o que Deus requer: “Toda a massa da raça humana foi condenada, ficando arruinada e espojando-se no mal, indo de mal a mal e, tendo juntado as causas com os anjos que haviam pecado, passaram a pagar a penalidade plenamente merecida por ímpia deserção”.
Ele afirmou por reiteradas vezes que a majestade de Deus é o supremo bem: “O Deus verdadeiro criou o mundo, e por sua providência governa tudo o que criou”. Assim, Agostinho declarou a primazia de Deus no grande esquema da salvação: “Os pecados dos homens e dos anjos nada fazem para impedir as grandes obras do Senhor, as quais realizam sua vontade”.
Como escritor, desenvolveu mais de mil obras, dentre as quais 242 livros. Seus escritos mais importantes são Confissões, A Cidade de Deus, Da Trindade, Da Graça e do Livre-Arbítrio, Da Doutrina Cristã e Da Predestinação dos Santos.
Tão importante foi a obra dele que muitos têm afirmado que Agostinho foi o verdadeiro pai da Reforma Protestante, ainda que tivesse vivido onze séculos antes do movimento.
Aprendemos com Agostinho a importância de sempre darmos a glória devida a Deus.
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