E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé
I Coríntios 15.14
Se Cristo não ressuscitou estamos perdendo tempo. Esta é, em outras palavras, a ideia de Paulo no versículo acima. Por isso é tão importante que o conceito da ressurreição de Jesus esteja muito bem firmado em nossos corações – e uma boa forma de firmá-lo é conhecendo alguns argumentos que defendem essa posição.
Disso se tratou essa trilogia de pequenos textos que estamos fechando hoje. Se você ainda não viu as primeiras partes, você pode conferir clicando aqui e aqui.
Nesta última parte, gostaria de expor brevemente dois últimos argumentos que considero fortes a favor da ressurreição de Jesus Cristo.
1. Um pouco de psicologia
Faça um pequeno exercício de imaginação: de um lado, o maior império que já existiu com toda a sua eficiência em matar e toda a sua megalomania: o império Romano. De outro, a religião mais resistente e o povo mais resiliente que já pisou na terra: os judeus. No meio dos dois, onze homens comuns que acabaram de ver o homem que disse ser a ressurreição e a vida1 morto de forma horrível pelos dois lados em conjunto2 (talvez na única vez em que o Império Romano e os judeus concordaram em algo).
Agora imagine como estava o estado psicológico dos discípulos. A Bíblia nos dá um pequeno vislumbre3, mas não é difícil imaginar o quão aterrorizados estavam: “se fizeram isso com Jesus, imagine o que farão conosco? Tudo o que Jesus nos disse parece uma completa mentira!”.
A pergunta que sustenta nosso argumento é: o que aconteceu entre sexta-feira e domingo que transformou homens e mulheres aterrorizados em corajosos mensageiros a respeito de Jesus? Qual explicação plausível transformaria o estado psicológico de medo, desgosto e luto profundos em ousadia, intrepidez e valentia diante dos judeus e dos romanos? O que aconteceu ao homem que negou a Cristo três vezes4 diante de uma ameaça, se tornar em alguém que confronta os judeus abertamente5 diante de ameaça pior? Cremos que só há uma resposta a isso tudo.
2. Onde está o contra-argumento?
O Cristianismo provavelmente foi uma das ameaças mais sérias enfrentada pelos judeus. Não consigo pensar em nenhum outro evento histórico que os tenha provocado mais do que a alegação da ressurreição de Jesus.
Com toda a ânsia dos judeus para desmentir o fato e sufocar o movimento, seria de surpreender que não apresentassem nenhum contra-argumento. E, imagine só, foi exatamente isso que aconteceu! Os judeus não apresentaram nenhuma evidência ou contra-argumento sobre as alegações dos discípulos! Na verdade, Mateus nos conta que ainda tentaram subornar alguns guardas para mentir acerca dos apóstolos6.
Ora, a alegação de ressurreição poderia facilmente ser desmascarada (inclusive falamos sobre isso no nosso primeiro texto) e, apesar disso, nenhum contra-argumento foi proposto.
A bem da verdade, alguns escritores romanos, alguns anos mais tarde, zombaram da alegação dos apóstolos e dos primeiros cristãos7, mas confirmavam em seus escritos que realmente os cristãos pregavam sobre a ressurreição. Eles também não apresentaram contra-argumentos.
A conclusão de toda a nossa trilogia sempre é a mesma, mas dessa vez gostaria de usar uma citação do credo apostólico, o mais antigo da igreja Cristã:
“… [Cristo] ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos”.
E você, está preparado para este julgamento?
1. João 11.25
2. João 19.1 cf. Marcos 15.1
3. Marcos 16.10; João 20.24; Marcos 14.50
4. Marcos 14
5. Atos 5.28-29
6. Mateus 28.12-15
7. Cf. Cornélio Tácito, Anais 15.44; Mara Bar-Serapião, Add 14,658; Luciano de Samosata, A Morte do Peregrino 11.3; Plínio, o Jovem, Epístolas 10.96; dentre vários outros
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