E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé
I Coríntios 15.14
Desde o início, a fé cristã está ancorada em um conjunto de fatos: um homem foi morto crucificado, ressuscitou dentre os mortos, apareceu para muitos e depois foi elevado aos céus1. De acordo com a teologia cristã, isso tudo é prova de que algo mais profundo aconteceu.
Mas os relatos da ressurreição de Jesus são dignos de crédito? Há boas razões para acreditar que esse milagre realmente aconteceu no primeiro século? Se sim então também há boas razões para acreditar na teologia por trás dele: pecados foram perdoados em Cristo2.
Nesta primeira parte, gostaria de expor os três primeiros fatos sobre essa história que precisam de boas explicações caso a ressurreição não tenha ocorrido.
1. José de Arimateia
A ordem dos relatos apresentada começa com um curioso personagem: José de Arimateia. Ele foi um judeu rico, crente às escondidas, membro do tribunal que condenou Jesus e dono do túmulo em que o colocaram, além de ter sido a pessoa que pediu o corpo de Jesus para Pôncio Pilatos após a crucificação3.
A pergunta é: se os relatos acerca da ressurreição foram apenas fabricados pelos seus discípulos, por que inventar a existência de um judeu membro do sinédrio como alguém que cria em Cristo e que ainda pediu seu corpo? Isso teria sido facilmente desmascarado pelos outros judeus, visto que eles eram os maiores interessados em descredibilizar e sufocar o movimento desde seu nascimento4.
2. Primeiras testemunhas
Os relatos seguem dizendo que as primeiras testemunhas da ressurreição foram algumas mulheres5. Isso parece irrelevante em nossa cultura, mas a Palestina do primeiro século era bastante diferente.
Flávio Josefo, o famoso historiador judeu, escreveu que mulheres não eram sequer permitidas como testemunhas em um tribunal judaico. De fato, se os relatos foram inventados, com segurança podemos afirmar que jamais colocariam as primeiras testemunhas sendo mulheres: o túmulo vazio careceria de “testemunhas reais” para poder ser validado.
3. Aparições pós-morte
Várias fontes independentes, tanto individuais quanto coletivas alegam ter tido algum nível de contato com o Cristo ressurreto no primeiro século. De fato, quando o apóstolo Paulo escreveu sobre isso em I Coríntios 15, afirmou que mais de quinhentos irmãos o viram e acrescenta um detalhe curioso: “… dos quais vive ainda a maior parte”6. Ora, por que Paulo adicionou essa explicação? Com certeza foi um meio de instigar os primeiros leitores a conversar com os que alegaram ter tido experiências com Jesus.
O relato dessas experiências se tornam ainda mais fantásticos quando sabemos que não aconteceram apenas com cristãos: céticos7 e até mesmo inimigos8 do movimento viram Jesus! Além do mais, essas aparições aconteceram sob diferentes circunstâncias, em diferentes dias e para pessoas diferentes1.
Mas o que importa se Jesus ressuscitou? Segundo a fé cristã, esse é o fato mais importante da história. Existem implicações sobre a vida de todas as pessoas, inclusive sobre a sua e a minha.
Se Cristo ressuscitou, tudo que Ele disse acerca de si mesmo é verdadeiro e digno de atenção, pecados podem ser perdoados, a fé cristã não é meramente fantasiosa, existe uma esperança viva, a vida não termina na morte física e, mais importante de tudo, há uma decisão urgente a ser tomada, dita pela boca do próprio Jesus9.
E você, já tomou essa decisão?
1. I Coríntios 15.3-8
2. Romanos 10.9-10
3. Mateus 27.57-59; Marcos 15.43; Lucas 23.50-53; João 19.38
4. Mateus 28.11-15
5. Mateus 28.1; Marcos 16.9; Lucas 24.1; João 20.1.
6. I Coríntios 15.6
7. João 20.25-28
8. Atos 9.1-8
9. João 11.25-26
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