A pergunta que norteia este texto e o dá nome em nada tem a ver com apontar as diferenças culturais, posicionamentos políticos ou religiosos entre os dois extremos da terra. A questão que motivou um ponto com vista é parte da comparação feita pelo salmista no salmo de número 103, especificamente nos versos 11 e 12: “Pois como os céus se elevam acima da terra, assim é grande o seu amor para com os que o temem; e como o Oriente está longe do Ocidente, assim ele afasta para longe de nós as nossas transgressões.”
Por certo, Davi, um dos homens de maior intimidade com Deus em toda a terra, não se preocupou em medir a distância entre o ponto mais oriental e o ponto mais ocidental da terra na tentativa de calcula onde estavam seus pecados. O rei mais temente a Deus em Israel convicção de que o Criador e Sustentador do universo é misericordioso o bastante para perdoar os pecados diante de um coração arrependido a ponto de lançá-los na outra extremidade do que Ele mesmo o criou.
Se para o ato de não nos recompensar segundo os nossos pecados existia uma comparação geográfica inimaginável para Davi, a atitude da cruz, que nos deu a graça, representa a distância dos céus à terra, do Oriente ao Ocidente (e além!) É no evangelho de João que Jesus responde a indagação que intitula esse texto: “Está consumado! Com isso, curvou a cabeça e entregou o espírito.” (Jo 19:30). Sim! Está consumado!
A frase que encerra o período de Deus como homem na terra nos aproxima do que Davi também não conheceu de forma exata: Quão grande é o Seu amor e para quanto mais distante ele nos afasta do pecado! Jesus, pelo ato da cruz, ao proferir aquelas palavras nos fez entender a exata medida entre o Oriente do Ocidente: a imensidão da graça!
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