Não vamos negar que os dias são difíceis. Também é impossível ficar alheio às diversas perdas que sofremos em decorrência da pandemia do COVID-19. Nesse turbilhão de circunstâncias, muitas delas negativas, está o povo de Deus, chamado para ser luz e sal neste mundo (Mateus 5.13-16).
Já não bastassem os problemas criados pela própria doença, somos obrigados a lidar com situações um tanto quanto constrangedoras dentro do lugar que é nosso ponto de escape: a própria igreja.
Vamos exemplificar. Houve momentos que, de fato, as atividades presenciais de nossas igrejas foram interrompidas por conta do agravamento da pandemia. Aqui não vou entrar no mérito da defesa das reuniões religiosas serem classificadas como “serviços essenciais”. Pessoalmente, vejo isso mais como uma manobra política do que uma preocupação do governo com as igrejas.
Voltando ao nosso caso, após o período de portas fechadas e o esforço heroico de vários irmãos em manterem as atividades da igreja mesmo em que meio virtual (lives, cultos online, etc), hoje deparamos com templos reabertos e poucos irmãos participando presencialmente das reuniões.
“Ah! Eu prefiro me resguardar da contaminação. A igreja é um local potencial de transmissão do vírus. Prefiro continuar acompanhando as transmissões do culto e ter minha comunhão com os irmãos à distância.”, diz o crente que não argumenta com a mesma energia contra o trabalho presencial e que também não abre mão de dar um passeio com a família no shopping.
Mesmo com a carteira de vacinação em dia e todos os outros protocolos de segurança sanitária sendo levados em consideração, há quem julgue a igreja como um “lugar perigoso”. Daí vem a reflexão: teria a pandemia piorado a saúde espiritual das nossas congregações ou ela simplesmente escancarou o que estava camuflado em nossos ajuntamentos: crentes fracos acomodados pela mera participação nas reuniões semanais?
Da nossa parte, que fique o esforço em orar pelos irmãos afastados e também exortá-los a voltarem ao nosso meio.
Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima. Hebreus 10.25
Que o Senhor tenha misericórdia de Seu povo.
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