Depois de quase quatorze dias me recuperando do novo coronavírus, a pergunta que serve de título vai além da indesejável experiência pela qual já passaram dezenas de milhões de brasileiros. Na verdade, ela deve servir para refletir o nosso papel e o que entendemos do cristianismo e de sua construção a partir das Escrituras.
A bateria da fé deve ser aquela que move o que está à volta, e não ser alheia ao mundo. Um exemplo de aplicação dessa fé que move o mundo é o ex-primeiro-ministro holandês, Abraham Kuyper, um homem que revolucionou a Holanda a partir das esferas sociais, sobretudo a educação e a saúde. Não estar alheio ao mundo significa discutir o caminho da nação, as diretrizes às quais se obedecem e as ações que se tomam diante desse e de tantos outros períodos.
Os acontecimentos sobrenaturais se materializam em uma esfera natural. Por isso, o caminho da fé deve observar o que obedece às Escrituras, e não aos discursos mergulhados de interesses individuais. Alcançamos a marca de 500 mil mortes pelo novo coronavírus num cenário em que o senso foi encostado: tem-se fé na conjuntura, na narrativa, e não se observam os avanços proporcionados por Deus a partir do que já foi desenvolvido em tão pouco tempo.
Movidos por fé, podemos questionar que diferença ela tem feito ao nosso redor.
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