O capítulo 4 do Evangelho de João nos mostra o encontro de Jesus com uma mulher samaritana, da cidade de Sicar. Jesus lhe fala sobre a vida dela e sobre como ela teve diversos maridos, de modo que ela conclui que o Senhor é profeta. Assim, diz a mulher:

“Nossos antepassados adoraram neste monte, mas vocês, judeus, dizem que Jerusalém é o lugar onde se deve adorar”.
João 4:20

Ao que Cristo responde:

Jesus declarou: “Creia em mim, mulher: está próxima a hora em que vocês não adorarão o Pai nem neste monte, nem em Jerusalém. Vocês, samaritanos, adoram o que não conhecem; nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus. No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura. Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade“.
João 4:21-24
Já parou pra pensar no que efetivamente esta expressão significa? Cristo fala de uma adoração que é, em primeiro lugar:
1) em espírito
Esta expressão é tida como significando a adoração procedente da alma, que flui do coração. Sim, é bem verdade que nosso corpo está envolvido na adoração, mas não é somente isso. Todo o nosso ser precisa cooperar neste ato (corpo, mente e coração), de modo que você adora a Deus por completo, desde o mais profundo de si, aquele local na sua alma a que ninguém mais tem acesso. Esta é a adoração em espírito.
2) em verdade
Já aqui, temos duas vertentes. Primeiramente, se você adora em verdade, precisa adorar A Verdade (João 14.6). Não se pode adorar a mentira, não se pode adorar aquele que não é real. Qualquer coisa que seja destinatária de algo que deveria ser direcionado apenas a Deus é um ídolo. Não é difícil criarmos ídolos, tendo em vista que nosso próprio coração os fabrica (pra usar uma ideia de João Calvino). A melhor forma de não adorarmos a mentira é conhecendo efetivamente o nosso Deus, porque, desta forma, saberemos exatamente quem adoramos. Se adoramos o que não conhecemos, certamente não adoramos a Deus; portanto, somos idólatras.
O segundo ponto é que a adoração verdadeira é aquela que é sincera, que não provém da falsidade do coração. De nada adianta adorar a Deus apenas no exterior, pois o Senhor é aquele que sonda corações e mentes e conhece os teus desígnios, de tal modo que não pode ser enganado pelas aparências. Ele não aceita adoração que não seja verdadeira. Assim, precisamos adorá-lo em verdade, e não falsamente.
Agora que sabemos o que Jesus quis dizer, precisamos nos perguntar: Deus encontra em nós verdadeiros adoradores? Lutemos por isso.
Produza frutos.
Em Cristo,
Lucas