“E qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” (Lucas 11.11‭-‬13)

Deus se revela de muitas formas através da sua Palavra. Uma delas é como “pai”.

Eu já tinha uma experiência sobre esta função de Deus, na condição de filho. Recentemente, o Senhor me deu a oportunidade de desenvolver uma nova perspectiva sobre ela, também na condição de pai.

No final do último ano, meu primogênito nasceu, e os últimos meses foram bastante revigorantes, embora cansativos. Cada vez que eu o tinha nos braços, logo que ele nasceu, percebia o quanto ele era frágil, o quanto dependia de mim até para segurar sua cabeça, já que seu pescoço não tinha forças para sustentá-la.

Meu filho. Tão esperado, tão amado, mesmo sem fazer nada ativamente em meu favor. Ele não me deu presentes, ele não buscou por minha aprovação, não tentava me agradar, ele simplesmente existia e precisava de mim. Em muitos momentos, me provocou desconforto em interromper o meu sono com as suas necessidades. E, ora, era para isso mesmo que eu estava ali. É meu papel protegê-lo. E é engraçado como a gente passa a ser atencioso com os detalhes, a antecipar os riscos. Você coloca o moleque na cama, ou no berço, e mapeia todo o local para ver se há algum objeto próximo que poderia machucá-lo, ou de qualquer forma prejudicá-lo, ou se há qualquer outro risco para ele. Ele não tem condições de fazer isso por si só, não sabe o que é melhor para ele, só faz reclamar quando precisa de alguma coisa, é imaturo, sem muito conhecimento. Mas é o meu filho.

Essa é a função do pai. Eu o protejo, eu o guardo, eu o amo, eu o sustento, independentemente das limitações dele; ao contrário, são elas que evidenciam a minha importância. Deus faz isso por nós todos, mas me usa como instrumento para fazer isso pelo meu garoto.

Pense em como esta condição revela tanto sobre Deus. Ele é o nosso Pai porque Ele nos protege, nos guarda, nos ama e nos sustenta. Não requer de nós nada em troca, nos ama quando nós não temos absolutamente nada para oferecer. Somos frágeis, mas Ele nos mantém firmes por suas fortes mãos. Não sabemos o que é melhor pra nós, mas Ele sabe e nos ensina o caminho que devemos trilhar. Se somos rebeldes, ele é paciente e nos recebe de volta.

É esse Pai que eu quero refletir para o meu filho. É o meu Pai que não é o avô dele, mas também o seu próprio Pai, o que nos faz irmãos.

Alguns meninos têm orgulho de seus pais e gostam de exibi-los para seus colegas na escola. É como me sinto com relação a Deus. Meu Pai é o Criador de todo o universo. Eu quero que todos O vejam, que todos saibam o quanto Ele é grandioso e amoroso!

Que o Senhor se revele mais a cada um de nós. Que nas nossas aflições, quando percebermos que não temos controle sobre nada, seja esse o nosso alívio: o nosso Pai tem.

Produza frutos.

Em Cristo,
Lucas