Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Êxodo 20.2
A importância do prefácio dos Dez Mandamentos está em lembrar o homem da soberania absoluta de Deus (Isaías 44.6) e da Sua obra de redenção (1 Pedro 1.15-18). Por soberania entendemos que a autoridade do Senhor é absoluta, suprema e imutável e Seu domínio é válido sobre todo universo. Deus só responde a Si mesmo e não há princípio, lei ou indivíduo a quem Ele deva prestar contas (Êxodo 3.14). A redenção do pecado é obra exclusiva de Deus e os benefícios dela são concedidos totalmente segundo Sua vontade soberana.
Não terás outros deuses diante de mim. Êxodo 20.3
O primeiro mandamento (Êxodo 20.3) indica que nossa obrigação para com Deus é a base de todas as demais obrigações (Lucas 10.27). Não podemos dizer que amamos o Senhor por mera atitude emocional, mas com prática devocional que nos leva a honrá-Lo e obedecê-Lo em cada detalhe da vida (Salmo 71.19). Portanto, não há nada em nossa vida que esteja separado de nosso relacionamento com Deus (Hebreus 4.13). Se consideramos nossa relação com Deus uma questão secundária na vida, nós nem sequer começamos a levar a sério este mandamento.
Tudo o que fazemos devemos fazer para a glória de Deus (1 Coríntios 10.31), uma vez que Ele é nosso Criador e Redentor. Sempre seremos dependentes dEle e essa atitude de reverência deve ser demonstrada com atitudes corretas para com o Senhor, por pensamentos corretos a respeito dEle e com respostas corretas para com Sua vontade revelada na Bíblia (Tiago 4.7).
Como práticas de vida que vão contra o primeiro mandamento temos: a) o ateísmo em suas diversas modalidades (Salmo 14.1), seja por declarações de que Deus não existe seja por conduzir a vida como se o Senhor não existisse, mesmo que em termos de fé admita-se que há um Deus; b) a idolatria, que não deve ser resumida à adoração de imagens ou de falsos deuses, mas deve levar em conta também a paixão desenfreada por outras pessoas ou coisas que não sejam relacionadas a Deus (Jeremias 2.27-28); as heresias, isto é, propagar falsas doutrinas que agem em desacordo com o texto bíblico (Gálatas 5.20); a soberba, que leva a pessoa a confiar nas próprias forças e não em Deus (ao atribuir sucesso ou prosperidade a méritos pessoais, e não à misericórdia divina), redundando em mornidão espiritual (Provérbios 16.5 e Apocalipse 3.16); o desprezo aos mandamentos, quando o homem considera seus desejos mais importantes que a vontade do Senhor, demonstrando descontentamento com as dispensações divinas (Salmo 73.2-3).
No próximo mês, estudaremos o segundo mandamento e suas implicações práticas.
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