Como voltar ao primeiro amor?

Graça e paz. Quando lemos que Jesus repreendeu a igreja de Éfeso pela perda do primeiro amor (Apocalipse 2.4-5) muitos ficam apreensivos por se virem em situação espiritual semelhante. “-Perdi o primeiro amor também. E agora, o que faço da vida para me consertar?”. O temor ainda cresce mais por conta da certeza do juízo do Senhor em caso de não haver arrependimento por parte do crente.

Em boa parte dos relatos, quanto maior o tempo de igreja que o cristão tem, tanto mais distante ele está do primeiro amor. Antes de se juntar ao grupo dos angustiados que não sabem para onde correr, leia atentamente a recomendação de Cristo no versículo 5: “(…) arrepende-te e volta à prática das primeiras obras (…)”.

Quando recordarmos da condição miserável que o Senhor nos encontrou no momento de nossa conversão – e o quanto nos agarramos desesperadamente àquela oportunidade de relacionamento com Ele – já teremos dado um grande passo rumo à restauração do primeiro amor (Ezequiel 16.6-8).

Não podemos permitir que o coração se ensoberbeça, por exemplo, com o tempo de conversão que temos, o ministério que exercemos na congregação ou a quantidade de vezes que já lemos a Bíblia. O homem é um ser miserável pela mancha do pecado que carrega e só está vivo hoje por conta da misericórdia imensurável de Deus (Lamentações 3.22).

Jesus diz que devemos tomar nossa cruz diariamente (Lucas 9.23). Isso é sinônimo de reconhecer constantemente o quanto precisamos morrer para nossa natureza carnal e que somos inteiramente dependentes da graça para fazer qualquer coisa. Qualquer coisa (Romanos 11.36).

No momento que entendemos que a condição pecaminosa seria motivo mais do que suficiente para Deus fulminar no fogo de Sua ira santa toda humanidade – e que, ainda assim, Ele preferiu nos amar enviando Seu único Filho em favor de nós (João 3.16) -, saberemos reavivar o fogo desse primeiro amor a tanto tempo obscurecido pelo orgulho.