Graça e paz. Enquanto algumas denominações religiosas têm como mote um evangelho em que o cristão não pode passar por dificuldades, a Palavra de Deus ensina outra coisa.
O Senhor Jesus nos alertou que teríamos aflições neste mundo (João 16.33). Então o crente está suscetível de passar dificuldades na saúde, na vida financeira ou nos relacionamentos em geral.
O fato de um cristão estar com um problema não quer dizer, necessariamente, que ele esteja afastado de Deus. Aqueles que vivem conforme a cartilha do evangelho da prosperidade pensam que não podem sofrer em nenhuma circunstância, já que constantemente fazem ofertas generosas, verdadeiros “sacrifícios”, para que o Senhor os abençoe ricamente e os livre de qualquer cilada maligna.
Pela “lógica” da teologia da prosperidade, Paulo deveria ter algum “pecado oculto”, já que sofreu maus bocados por levar a mensagem de Cristo. Na sua segunda carta à igreja de Corinto, o apóstolo (este sim, apóstolo de fato e de direito) fez um breve resumo das coisas que teve que enfrentar por amor ao verdadeiro Evangelho.
Paulo passou por prisões (2 Coríntios 11.23), açoitamentos, apedrejamento, naufrágios (v. 24), fome e sede (v.27), perigos diversos (v.26) e em nenhum momento esmoreceu em sua fé. Pelo contrário, usou as dificuldades que enfrentou como alicerce para um relacionamento ainda mais sólido com o Senhor (2 Coríntios 12.10).
Ironicamente (e infelizmente), os adeptos da teologia da prosperidade se valem de textos paulinos para embasar seu erro doutrinário. Eles tiram o versículo de todo um contexto para induzir os ouvintes a acreditarem nos seus discursos. Por exemplo, quando Paulo diz que tudo pode nAquele que o fortalece (Filipenses 4.13), os teólogos da prosperidade não explicam que essa afirmação complementa o versículo anterior, em que o apóstolo relata seu sofrimento por amor ao Senhor. Eles dizem apenas que o crente pode fazer tudo que quiser e que ainda conta com o apoio de Deus!
Devemos ter discernimento espiritual para evitar que essas falsas doutrinas não tomem nosso coração. Judas dá o perfil dos homens que não podemos dar atenção:
Os tais são murmuradores, são descontentes, andando segundo as suas paixões. A sua boca vive propalando grandes arrogâncias; são aduladores dos outros, por motivos interesseiros. Judas 16
O simples fato de termos Cristo é mais do que suficiente para nos alegrarmos. De que maneira sua gratidão tem sido demonstrada aos olhos dEle?
Semana abençoada, em nome de Jesus. Abração!
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