Em uma sociedade consumista onde tudo é baseado no que se pode ter e comprar, algumas pessoas almejam coisas caras para satisfazer-se do seu próprio trabalho, em contrapartida parecem não dar a mínima importância às coisas que são oferecidas gratuitamente todos os dias.  Por exemplo, você já parou para pensar no ar que você respira, na paz que se pode ter, no amor que foi recebido ou até mesmo na sua saúde? Pois bem. Essas são coisas que o dinheiro não pode pagar e muitas vezes esquecemo-nos de valorizar e, embora elas pareçam ser de graça, um preço teve que ser pago e não foi barato!

O uso da palavra graça se tornou enferrujada pelo seu emprego habitual e parece que já não é capaz de gerar um reboliço dentro de nós. Talvez isso seja em decorrência do comodismo; falamos da boca pra fora que a aceitamos, mas a rejeitamos na prática. A definição de “favor imerecido”, embora remeta ao que a graça representa para o homem, não se trata apenas de conceitos envolve antes de tudo reconhecer nossa pequenez e incapacidade de alcançar por nós mesmos a Vida Eterna e se traduz em um convite a amarmos o próximo da mesma forma.

Em Romanos 6:23, está escrito que o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna. Vemos aqui que a salvação não depende do que fazemos e merecemos, mas é resultado da própria soberania daquEle que decidiu nos alcançar  por um alto preço (1 Coríntios 6:20): por amor mandou seu Filho, Jesus, para que tivéssemos vida eterna, salvação e esperança (João 3:16). Eis aqui a expressão da graça em forma de amor, no qual a salvação vem de Deus por meio da fé e não por obras (Efésios 2: 8-9).

Talvez o que mais chama atenção é como alguém que peca, o que é uma ofensa à santidade de Deus e,por consequência,está condenado a morte, pode receber algo de quem foi ofendido? A resposta é: pela graça. O problema é quando o sacrifício de Cristo que foi para todos e que foi de graça, mas não barato, é negado por nós que deveríamos viver a graça, isto é, muitas vezes preferimos esconder a salvação entre quatro paredes de uma “igreja”, quando mais ela precisa brilhar e alcançar outras vidas.  Sabe, todos os dias da minha vida tenho me deparado com a graça que é capaz de constranger, muitas vezes envolve perder para ganhar, chorar para sorrir, morrer para viver; e viver essa graça significa estar pronto para reconhecer erros e acertos e se render à bondade de um Deus que reflete a nossa existência, pois o fato de existirmos é por sua Glória, por Ele e para Ele. A partir do momento em que viver a graça se torna uma realidade em nós, podemos valorizá-la e amar como Deus amou.

Valorizar a graça de Deus que está exposta de gênesis a apocalipse, portanto, envolve entender que somos aceitos não por nossos esforços, mas pelo Amor que nos amou e a cada instante nos surpreende, é enfim fazer valer apena o que foi de graça, mas não barato: a vida eterna em Cristo Jesus!

Que Deus te abençoe,

Abraços

Leonardo Gleygson 🙂