Graça e paz! O louvor sempre esteve presente como forma de adoração ao Senhor. A Bíblia relata em diversos momentos em que Deus foi glorificado através de cânticos pelo Seu povo. No Antigo Testamento, vemos o exemplo de louvor de Moisés após a travessia do mar Vermelho (Êxodo 15.1-19). Outro momento bastante lembrado é o registro dos salmos de Davi (Salmo 9). O profeta Habacuque termina seu livro com um louvor (Habacuque 3).
No Novo Testamento, a utilização do louvor também é vista em vários momentos. Simeão adorou a Deus quando Jesus foi apresentado no templo (Lucas 2.28-32). Jesus e os discípulos entoaram um cântico após a celebração da Páscoa (Mateus 26.30). Paulo e Silas passaram a noite em adoração após serem açoitados e presos (Atos 16.25). Registre-se também que na eternidade também estaremos louvando o nome do Senhor (Apocalipse 19.6-8).
Com tantas referências, não é difícil entender porque o louvor é uma parte presente na vida do crente. Há um momento do culto reservado para ele em boa parte das igrejas. Mas será que o que tem sido cantado é algo para adoração a Deus ou de outra coisa?
Daqui cabe uma reflexão sincera sobre o conteúdo do que é cantado pelos cristãos. Nunca é demais lembrar que o foco de nossas ações de graças deve ser a pessoa do Deus vivo. Se algo diferente disso aparece no meio dos versos entoados, a adoração perde o rumo e de nada vale.
Por uma questão ética (e também para não gerar escândalo entre os irmãos) não citarei que músicas fogem da adoração genuína. Mas aqui vão alguns apontamentos para ficarmos com um pé atrás antes de cantar qualquer coisa por aí: a) se a música exalta o homem e seus feitos no lugar de Deus; b) se os versos promovem a vingança ao invés de incentivar o amor mútuo; c) se for só uma adaptação de um sucesso mundano, que substituiu as palavras mais pesadas por termos góspeis; d) se fala de tudo, menos de Deus; e) se exige alguma bênção do Senhor (como se fôssemos merecedores de algo além da condenação).
O mais irônico de tudo é analisar que no tempo da Reforma os cânticos eram compostos com uma base totalmente bíblica. E essa era a preocupação máxima dos músicos: que a Bíblia fosse ensinada até mesmo nos louvores. Hoje em dia parece que basta ter uma melodia bonita que já serve como música para se cantar na igreja. Agora você sabe que não é tão simples assim.
Nossa adoração deve ser com inteireza de coração (João 4.24), já que a direcionamos ao Senhor de nossas vidas (Salmo 146.1-2).
Como está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus. Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus. Romanos 14.11-12
Semana abençoada, em nome de Jesus. Abração!
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