O filho sempre teve tudo o que precisava na casa do pai. Amor, sustento, cuidado e bons conselhos nunca faltaram. Até mesmo os funcionários de sua casa passavam muito bem. Não havia reclamações nem motivos para ir embora. Mas a vida parecia tão interessante lá fora…
Seus amigos sempre tinham experiências legais para contar e ele, tanto a conhecer. Tanta vida pela frente, além daquela com a qual estava acostumado, contando com a supervisão de seu pai. Aquele filho queria usufruir de sua herança e de seus direitos, à sua maneira, em seu tempo. Entende?
Ele tomou sua decisão, pediu seu dinheiro e partiu. Liberdade! Agora, poderia ter as companhias que quisesse, ir e vir quando quisesse, gastar com o que quisesse. Tudo do seu jeito. Sem avisar e sem ser criticado por ninguém – nem mesmo aquele irmão mais velho, que nunca decepcionava. O que poderia dar errado?
E ele “aproveitou”, dissolutamente. Gastou tudo o que tinha. Mas depois de um tempo, se viu sozinho, esgotado, sujo, faminto e sedento. Ninguém lhe dava nada. Onde estava todo o brilho daquela vida esperada, que pareciam viver lá fora? Era tudo tão colorido, animado, empolgante… mas, de repente, escapou pelos dedos! O arrependimento bateu.
E agora? Com que coragem ele poderia voltar à casa de seu pai, sem dinheiro, sem comida, sem nada? Como encarar sua família outra vez, depois de tê-la deixado? Ele não se sentia mais digno de ser chamado de filho – logo de um pai tão bondoso. Ele não esperava perdão. Mas as circunstâncias o fizeram pensar que se fosse aceito apenas como um dos funcionários de seu pai, já seria o bastante. Ele teria novamente seu sustento, sem almejar pela comida dos porcos que cuidava, como já estava fazendo.
Caindo em si, tomou o caminho de volta. E deixou neste caminho o orgulho e o medo
“- Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.” Como é? De jeito nenhum. Seu pai não o queria como servo, mas como filho que estava morto e reviveu! Trataram logo de trazer as melhores roupas, anel e sandálias. Era dia de comemorar. Recomeçar…
Este pai, o nosso Pai, é justo e bondoso. Paciente, generoso, misericordioso, compassivo e gracioso, como na parábola descrita em Lucas 15.11-32. Não fizemos nada para merecer tanto amor, mas Ele escolheu nos amar e perdoar, apesar de quem somos. E se estivermos distantes, temos mais uma chance, chamada “hoje”. Podemos sair do lamaçal, do vazio das aparências, do medo do que as pessoas podem dizer e, simplesmente, voltar aos braços Dele, voltar à sua casa, voltar ao lugar secreto de oração. E Ele mesmo poderá nos limpar, curar e restaurar, verdadeiramente. Saiba disso: Ele ama você.
Que Deus te abençoe muito!
Mari
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