Fala, pessoal. Graça e paz! Aproveitando o feriado da Semana Santa, vamos refletir um pouco sobre como Cristo era visto pelos Seus contemporâneos.
Para os fariseus e boa parte da sociedade judaica daquele tempo foi frustrante imaginar que Jesus era o Messias. Em primeiro lugar, havia um confronto direto com a posição social que os mestres da lei possuíam. Eles não aceitavam que alguém que não tinha o grau de estudo deles pudesse ensinar ao povo com tanta autoridade (Lucas 20.1-2).
Eles acharam pior ainda quando Cristo começou a criticá-los em público. Aliás, o ministério de Jesus foi marcado por confrontos entre Ele e os estudiosos da Lei (e não foi pouca coisa). O mais lembrado deles é a reprimenda registrada em Mateus 23. Isto sem falar que não toleravam que Ele convivesse tão bem com pessoas consideradas impuras – publicanos, pecadores, leprosos e deficientes físicos (Lucas 7.34).
Ficava difícil para eles ver em Jesus a figura do Salvador porque a imagem que eles haviam montado do Messias era a de um Rei glorioso que fosse libertar o povo judeu do domínio romano e que restaurasse a glória do antigo reino de Israel. De fato, Cristo libertou as pessoas, mas do domínio do pecado (Romanos 6.14). E restaurou a glória de Israel, colocando-a como a nação da qual o mundo recebeu o Deus encarnado (Isaías 11.1-2). Mas como eles não tinham os olhos espirituais abertos, simplesmente ignoraram a obra de Jesus, já que enxergavam nele apenas um carpinteiro que agora gostava de falar em público (Marcos 6.3).
Quando os vendedores foram expulsos do templo por Jesus, também viram uma ameaça (João 2.15-16). Eles corriam o risco de perder o lucro que a venda de animais e o câmbio de moedas trazia ao sinédrio, o que para alguns provavelmente era a única fonte de renda. Eles diziam que queriam servir a Deus, mas não gostavam da possibilidade de perder dinheiro. Então, a quem eles tinham como senhor (Mateus 6.24)?
Os romanos enxergavam nEle um agitador com grande número de seguidores que a própria administração dos judeus não dava conta de colocar freios. Não se preocuparam de início (João 18.31), mas após a ressurreição ficaram preocupados com a repercussão que as palavras (e os feitos) de Jesus teriam caso chegassem às outras partes do império.
E quem é Jesus aos seus olhos? Se Ele é para você o Cristo, Filho do Deus vivo (Mateus 16.16), como tem sido sua compreensão desta realidade? Uma vez que Jesus é o Senhor de nossas vidas, tudo que fazemos deve ser expressão de gratidão pelo que Ele fez por nós na cruz do Calvário (1 Coríntios 10.31).
Atente ao detalhe. O que fazemos deve ser consequência de nossa fé, e não o contrário. Então, suas orações, sua leitura da Bíblia, seu dízimo e a sua participação nos cultos da igreja são coisas que devem ser realizadas por ter plena consciência de que Cristo fez uma obra completa em sua vida.
Desejo a todos uma feliz Páscoa. E não tenham dúvida de que servir a Cristo é muito melhor do que qualquer ovo de chocolate do mundo. Abração!
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