E aí, pessoal. Beleza? Todos nós conhecemos a parábola do bom samaritano (Lucas 10.30-37). Jesus a contou no momento que foi questionado por um intérprete da Lei sobre qual era o caminho para a vida eterna. A parábola em si deve ter sido ouvida por surpresa pelo fariseu, já que seu grupo religioso sempre esperava respostas mais objetivas de Jesus (e o Senhor, sabendo disso, aproveitava essas ocasiões para dissecar a doutrina humana deles).
Pois bem. Quando Jesus disse que aquele que amasse ao próximo como a si mesmo herdaria a vida eterna, provavelmente fez o fariseu se sentir incomodado. No entendimento dele, a salvação era obtida ao obedecer a infindável lista de preceitos e leis que o povo judeu tinha naquela época. Eles eram tão rigorosos com essa obediência que entregavam o dízimo até de temperos domésticos (Mateus 23.23). Mas esqueciam de amar ao próximo. Talvez por isso ele tenha perguntado a Cristo quem era o seu próximo. “Tomara que Jesus diga que meu próximo é algum membro de minha família ou uma importante figura do sinédrio…” deve ter sido o pensamento do fariseu.
Ao ouvir a parábola e perceber que as pessoas que ele julgava serem as mais corretas não eram exemplos de misericórdia e amor ao próximo (o sacerdote e o levita), aquele fariseu deve ter se sentido no chão: “Logo com um samaritano eu preciso aprender a ser bom?! Jesus só pode estar brincando comigo!”. Tanto é que ao ser questionado sobre qual dos três homens agiu com benevolência, ele nem conseguiu dizer que era o samaritano. Deu uma resposta na esquiva. “O bom é aquele que fez o bem” (Lucas 10.36-37).
A cartada final do Senhor foi exortar o intérprete da Lei a agir do mesmo modo que o samaritano. E este é o grande ensinamento que devemos colocar em prática hoje. Nossas relações pessoais necessitam passar pelo filtro de Cristo. A partir daí acaba a velha prática de selecionar as pessoas que devem ser amadas ou não.
Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. 1 Pedro 4.10
Jesus é o Mediador de todos nossos relacionamentos. Erramos ao dar espaço ao próprio coração para determinar quem é “digno” de ser amado ou não. Imagine se Cristo tivesse usado esse critério quando estava na cruz: todos os pecadores estariam condenados. Ou, em outras palavras, ninguém iria se salvar (Romanos 5.8)!
Para não ter erro, sua ponte de ligação com as outras pessoas deve ser a própria cruz de Cristo.
Semana abençoada, em nome de Jesus. Abração!
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