Olá!!

Você gosta de ler? Eu amo!

Há algo de que me orgulho muito em minha igreja local: lá tem uma biblioteca. Sim! Somos incentivados a ler bons livros que nos ajudem na caminhada cristã. Há um tempo peguei o ‘Cristianismo Básico’; do escritor que conheci por meio do livro ‘Crer é também pensar’ e me apaixonei por sua simplicidade e profundidade ao expor assuntos tão importantes.

John Robert Walmsley Stott (1921 – 2011) foi um líder anglicano britânico, conhecido como uma das grandes lideranças mundiais evangélicas. Teólogo, escritor e evangelista. Autor de mais de 40 livros. Foi um dos principais autores do pacto de Lausana, em 1974. Em 2005, a revista Time classificou Stott entre as 100 pessoas mais influentes do mundo.

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O livro (foto) foi traduzido pelo músico, professor, tradutor, intérprete de conferências e escritor Jorge Camargo, tem 208 páginas e foi publicado em 2007 pela editora Ultimato. É dividido em quadro partes e cada uma delas contém algumas subdivisões.

Vou dividir essa resenha, portanto, em quatro textos para não me estender muito em um texto só. Quero, com este, compartilhar um pouco do tanto que esse livro me edificou.

Vamos lá!

Começamos com um prefácio que nos instiga a conhecer um pouco mais acerca do cristianismo e que nos alerta dizendo que:

Devemos assumir um compromisso pessoal com o Senhor Jesus (…). Devemos nos humilhar diante dele. Devemos confiar nele como nosso Salvador e nos submetermos a ele como nosso Senhor; para então assumirmos nossos lugares como membros fiéis da igreja e cidadãos responsáveis dentro da comunidade. (p. 10)

Passamos, então, para uma ‘abordagem correta’, na qual precisamos entender a iniciativa de Deus: Ele falou e agiu. ‘O cristianismo é uma religião de salvação’ (…) é uma ‘mensagem de um Deus que amou, buscou e morreu pelos pecadores perdidos’. Diante disso ‘nós precisamos buscar a Deus’.

Como buscar a Deus? John Stott destaca quatro formas: diligentemente, humildemente, honestamente, obedientemente. ‘Devemos pôr de lado a apatia, o orgulho, o preconceito e o pecado, e buscar a Deus a despeito das consequências’.

Começando a primeira parte, que é dividida em três seções, o autor apresenta ‘as afirmações de Cristo’ (primeira seção) para provar que Ele é realmente o filho de Deus e para isso declara que ‘iremos estudá-lo a partir dos Evangelhos’ (Mateus, Marcos, Lucas e João). A primeira coisa que precisamos nos atentar é para o ensino de Cristo, que é autocentrado, ou seja, Ele falava de si mesmo.

E ao falar, suas afirmações eram inusitadas, diretas e indiretas:

(…) suas afirmações diretas

[‘Eu e o Pai somos um’, por exemplo] se referem a ele não apenas como o Messias, mas também como divindade. Sua afirmação de que Ele era o filho de Deus foi mais que messiânica; com isso Ele descreveu seu relacionamento único e eterno com Deus. (p. 32)

Já as indiretas tinham algumas funções específicas, como perdoar pecados, conceder vida, ensinar a verdade e julgar o mundo. Tais afirmações cabiam somente a Deus, mas Cristo as atribuiu a si mesmo.

Stott traz, ainda, outro tipo de afirmações, as dramatizadas. ‘Podemos dizer que os milagres eram representações das parábolas de Jesus, uma expressão visual de suas declarações’ (grifo meu). Enfim, com todas essas afirmações começamos a investigar um pouco mais sobre a vida da pessoa central do cristianismo.

A segunda seção vai abordar ‘o caráter [altruísta] de Cristo’ de uma forma linda. É possível, por meio dessa parte, conhecer ainda mais características de Jesus. Stott analisa ‘o que Cristo disse de si mesmo’, ‘o que disseram os amigos de Jesus’, ‘o que os inimigos de Cristo reconheceram’ e ‘o que podemos ver por nós mesmos’. Não vou explorar muito cada um desses subtítulos, pois minha intenção com esta resenha é te incentivar a ler o livro inteiro.

No entanto, é importante ressaltar uma questão sobre o caráter de Cristo:

Ele acreditava firmemente naquilo que ensinava, mas não era um fanático. Sua doutrina era fora do comum, mas ele não era um excêntrico. Há evidências tanto da sua divindade quanto da sua humanidade. Ele se cansava. Ele precisava dormir, comer e beber como qualquer outro homem. Ele sentiu as emoções humanas de amor e ira, alegria e tristeza. Ele era completamente humano, e no entanto, não era apenas um homem. (p. 54)

Na terceira e última seção da primeira parte, o autor fala sobre as evidências históricas d‘a ressurreição de Cristo’. Ele começa com o fato de que ‘o corpo [de Cristo] desapareceu [do túmulo]’, abordando cinco teorias/argumentos que são contra isso, mas que não apresentam evidências históricas. Justamente por isso, Stott afirma que:

Diante da falta de qualquer explicação alternativa razoável, talvez possamos ser perdoados se preferirmos a narrativa simples e sóbria dos Evangelhos, ao descrever os eventos do primeiro dia da Páscoa. O corpo de Jesus não foi removido do sepulcro por homens; ele foi ressuscitado por Deus. (p. 64 e 65)

Após fazer tal ressalva, ele parte para as evidências da ressurreição. A primeira evidência é que ‘as vestes do sepultamento estavam intocadas’. Podemos entender isso com as palavras de João: ‘A seguir Simão Pedro, que vinha atrás dele, chegou, entrou no sepulcro e viu as faixas de linho, bem como o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus. Ele estava dobrado à parteseparado das faixas de linho’ (João 20:6-7).

Por fim, Stott reafirma, com as palavras de Paulo, que ‘muitos viram o Senhor’:

(…) e apareceu a Pedro e depois aos Doze. Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. Depois apareceu a Tiago e, então, a todos os apóstolos; depois destes apareceu também a mim, como a um que nasceu fora de tempo. (1 Coríntios 15:5-8)

E, finalmente, que ‘os discípulos foram transformados’. John Stott aponta que ‘os homens que aparecem nas páginas dos Evangelhos são diferentes daqueles que vemos no livro de Atos’. As duas mudanças que ele destaca são em Pedro e em Tiago.

 

Com essa primeira parte deu para ter noção (e curiosidade) do tanto que esse livro é bom? Vale muito a pena lê-lo e relê-lo.  Minha intenção é, além de destacar trechos importantes desse livro, te convidar a buscar mais de Deus.

Não deixe de acompanhar minha coluna aqui no blog para conferir as outras três partes! 🙂

Com carinho,

Tathi (@DiarioDaTathi)