Há grande interesse no mundo em construir uma reputação. Pessoas querem consolidar seus nomes, empresas querem consolidar suas marcas. Todos buscam criar uma boa imagem de si mesmos, onde sejam exaltadas as suas qualidades e conquistas.
O que muitas vezes é deixado de lado nessa corrida pela boa fama, é a construção do caráter.
A reputação nada mais é do que o que dizem a respeito de alguém. O caráter é aquilo que a pessoa verdadeiramente é, ou seja, a sua essência.
Para refletir a respeito da diferença entre os dois, leia a seguir um poema do teólogo William Hersey Davis, cujo título original é “Reputation and Character”:
“As circunstâncias em que você vive determinam a sua reputação;
A verdade em que você acredita determina seu caráter.
A reputação é o que se supõe que você seja;
O caráter é o que você é.
A reputação é a fotografia;
O caráter é o rosto.
A reputação vem sobre você de fora;
O caráter cresce de dentro.
A reputação é o que você tem quando chega a uma comunidade nova;
O caráter é o que você tem quando vai embora.
A sua reputação é conhecida em uma hora;
O seu caráter não aparece em um ano.
A reputação é feita em um momento;
O caráter é construído em uma vida.
A reputação cresce como um cogumelo;
O caráter cresce como um carvalho.
Uma única notícia de jornal dá a sua reputação;
Uma vida de trabalho dá o seu caráter.
A reputação fará você rico ou fará você pobre;
O caráter fará você feliz ou fará você miserável.
A reputação é o que os homens dizem de você junto à sua sepultura;
O caráter é o que os anjos dizem de você diante do trono de Deus.”
Como cristãos, devemos nos esforçar na construção do caráter, e não nos atentarmos à nossa reputação.
O empenho em consolidar uma boa reputação pode levar-nos a uma vida de hipocrisia, impedindo-nos de mostrar nossas fraquezas e limitações, ou confessar nossos pecados uns aos outros, por temermos o que a outra pessoa irá pensar a nosso respeito.
O próprio Jesus rejeitou ter uma boa reputação, e em sua vinda ao mundo andou com pessoas humildes, visitou a casa de pecadores e comeu com eles – um ato bem íntimo e pessoal em sua época. Por isso, ele foi chamado de blasfemo e amigo de pecadores, comilão e beberrão.
Jesus cumpriu a sua missão sem se atentar para os títulos que recebera, pois conhecia o seu próprio caráter, que muito diferia de sua reputação.
Já os líderes religiosos da época, ocupavam-se em adquirir boa-fama, e por muitas vezes foram chamados por Cristo de hipócritas, pois ele, sendo Deus, conhecia o coração e o caráter de cada um.
Sabendo o peso desnecessário que a busca por uma boa reputação traz, Jesus convidou-nos a ser como ele:
“Sejam meus seguidores e aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um coração humilde; e vocês encontrarão descanso.” (Mateus 11:29)
Por sermos filhos de Deus, Ele espera de nós que busquemos ser semelhantes a Cristo, adquirindo o seu caráter:
“Porque aqueles que já tinham sido escolhidos por Deus ele também separou a fim de se tornarem parecidos com o seu Filho. Ele fez isso para que o Filho fosse o primeiro entre muitos irmãos.” (Romanos 8:29)
Como então podemos parecer-nos com o Mestre?
Observando as suas atitudes e imitando-as, como o apóstolo Paulo fazia:
“Sigam o meu exemplo como eu sigo o exemplo de Cristo.” (1 Coríntios 11:1)
Jesus também deixou o Espírito Santo para nos convencer de nossas atitudes pecaminosas, e assim, trabalhar em nosso caráter.
Todos os filhos de Deus são revestidos do caráter de Cristo para poderem viver como Ele, com as mesmas qualidades e atitudes.
Independentemente de nossas reputações, somos filhos de Deus, e que isto possa definir o nosso caráter por toda a nossa vida.
“Pois, por meio da fé em Cristo Jesus, todos vocês são filhos de Deus. Porque vocês foram batizados para ficarem unidos com Cristo e assim se revestiram com as qualidades do próprio Cristo.” (Gálatas 3:26)
Por Tamy Tavares
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