Mas o Senhor estava na brisa. Ele não estava no vento (não no vento forte), não estava no terremoto, não estava no fogo. Estava na brisa, no vento suave (I Reis 19:11,12), no silêncio que eu acho que faz a pipa voar. O Senhor estava no Vento. Com letra maiúscula, o Vento que é suave, de palavras soltas, de calmaria. O Vento de sussurro, porque muito do que já foi escrito aqui foi só um sussurro. Não passou de um sussurro, daqueles que te fazem arrepiar, e sentir um ventinho gelado, uma brisa. A voz suave e não gritada do Pai, que talvez depois de ter gritado em uma bronca, abaixou até você e olhou nos seus olhos, dizendo que não importa o que você faça, Ele ainda é seu Pai.
E eu não estou falando só de você, que leu, mas estou falando de mim, quem escreveu. Porque muito do que eu escrevi aqui foi só soprado pelo Senhor. No meu coração. Muito do que eu escrevi aqui, veio do nada, bem inesperado, porque brisa não é algo por que você espere.
Elias viu o vento forte. Viu o terremoto. Viu o fogo. Mas Deus estava no sussurro, na brisa. Deus sopra forte às vezes aqui. Ele faz as coisas tremerem e pegarem fogo. E às vezes eu venho aqui pra o Vento escrever e eu estou cansada. Estou magoada e estou querendo jogar tudo pra o alto. Elias ficou assim quando teve medo. E às vezes você vem ler com medo. Assim como eu venho escrever com medo. E Deus é tão incrível, tão maravilhoso e tão grande, tão louco, que eu escrevo e o medo passa. O cansaço diminui e a mágoa também. Eu já não tenho mais tanta vontade de jogar tudo pra o alto… Às vezes, pra mim, escrever é sair da caverna.
E eu espero que esse Vento te ajude quando você estiver numa caverna de onde precise sair.
Texto de Nila Maria
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