Imagine a cena: a igreja está cheia para mais uma reunião no domingo e os serviços já vão começar. Os músicos preparam seus instrumentos e as vozes se ajustam aos últimos detalhes. Você recebe as boas-vindas, faz uma oração e todos se posicionam para acompanhar o louvor que está prestes a ser cantado. “A adoração vai começar!”

Você canta, dança e as letras das canções, somadas aos acordes bem tocados, te emocionam. Minutos depois, o momento de adoração “termina” e o culto segue. Você vai para casa se sentindo bem, mas lá está sua rotina: seus afazeres, seu trabalho, seu chefe, seus professores, seus compromissos, sua correria. E a adoração? Deveria ficar no culto?

Adorar a Deus não se limita a um tempo de nossa semana, tampouco a um gênero musical em nossa playlist. Penso que a música é importante em nossa vida cristã e nos devocionais; temos bons exemplos disso na Palavra (Ef 5.19), especialmente nos salmos (Sl 98; 100; 147; 149; 150), mas esta é apenas uma das formas que temos de expressar adoração.

Diferentemente de louvor (elogio, admiração), a adoração tem por objetivo reverenciar, reconhecer a grandeza e se prostrar diante de algo ou alguém. Tem, ainda, o sentido de prestar culto e atos de serviços, a fim de demonstrar devoção por meio de atitudes. Uma pessoa pode agir de forma louvável ou receber aplausos, por exemplo; mas, quando foi tentado, Cristo nos lembrou de que devemos nos render e cultuar somente a Deus.

Depois o Diabo levou Jesus para um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e as suas grandezas e disse: — Eu lhe darei tudo isso se você se ajoelhar e me adorar. Jesus respondeu. — Vá embora, Satanás! As Escrituras Sagradas afirmam: ‘Adore o Senhor, seu Deus, e sirva somente a ele.’ Então o Diabo foi embora, e vieram anjos e cuidaram de Jesus. (Mateus 4:8-11)

Há quem honre ao Senhor com suas palavras – e cânticos –, mas tem seu coração distante Dele (Is 29.13), o que se torna evidente em sua forma de agir. No entanto, Ele procura por aqueles que o adoram em espírito e verdade, pois Ele é Espírito (Jo 4.23-24). E para adorá-lo com atitudes, precisamos buscá-lo e conhecê-lo por meio de sua Palavra, tendo nosso coração conectado ao Dele a partir da oração.

Trata-se de um estilo de vida que independe de música, iluminação, pessoas, lugares, circunstâncias ou orações respondidas. Adorar é amar profundamente e quanto mais conhecemos a Deus, mais o amamos por quem Ele é – e não por aquilo que pode fazer por nós. Precisamos aprofundar nossas raízes Nele: orar, ler e meditar em sua Palavra, investir tempo neste relacionamento. Lembrando que quem ama também obedece…

— A pessoa que aceita e obedece aos meus mandamentos prova que me ama. E a pessoa que me ama será amada pelo meu Pai, e eu também a amarei e lhe mostrarei quem sou. (João 14.21)

Nossas atitudes devem adorá-lo, mas são reflexos de quem somos no secreto, onde só Ele nos vê. Que nossa vida seja a adoração que Ele deseja receber.

Que Deus te abençoe muito! 🙂

Mari

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