Olá!

Estava eu num período de oração quando do nada veio a minha mente a seguinte questão: não deveria haver nenhuma espécie de adjetivação para descrever um cristão. Denominar alguém como cristão deveria ser o suficiente para identificar aquela pessoa como alguém fiel, excelente, amável, etc. Não quero com isso dizer que cristãos não são falhos, mas a referência foi distorcida. Se precisamos fazer distinção entre o “cristão de verdade” e o “cristão meia boca”, significa que algo de errado não está certo.

Como não podia ser diferente, minha mente foi além e eu continuei pensando sobre o tema. Foi então que lembrei da palavra “xerox”. (Vai dizer, agora você sentiu que vem revelação por aí não é mesmo?! hahahaha) Sendo bizarro ou não, lembrei que alguém uma vez me explicou que o ato de “tirar fotocópias” passou a ser chamado de xerox porque havia uma marca de máquinas de fotocópia que ficou mundialmente conhecida como uma referência neste tipo de serviço. Desde então, dificilmente você ouve alguém dizer que vai tirar uma fotocópia, ou simplesmente cópia. A pessoa vai tirar um xerox. O mesmo acontece com inúmeras outras palavras, como chicletes, band-aid, durex, etc. Ao ouvir uma dessas palavras, já atribuímos automaticamente uma série de valores e qualidades. A pessoa não precisa explicar. O ouvinte já associa a referência e segue a conversa.

Se usarmos exemplos bíblicos, quando alguém fala que precisamos ser “Bereanos”, se você conhece a caminhada de Paulo, automaticamente entenderá que a recomendação é pra que sejamos aplicados na leitura, no estudo e na verificação das escrituras. Os bereanos surpreenderam Paulo, que os chamou de nobres, porque enquanto ele falava, eles recebiam bem a palavra, mas também verificavam atentamente se ele de alguma forma desviava-se do ensino da doutrina (Atos 17:10-11).

Tem também os nossos amigos “fariseus” que ficaram conhecidos por serem extremamente religiosos e por não viverem as verdades bíblicas. Hoje, por vezes, o termo é usado como um xingamento.

E quando alguém usa o termo “crentes”, ou “evangélicos” que associação automática seu cérebro faz? Você se ofende quando alguém o chama dessa forma ou se sente elogiado?

Caso isso te ofenda, será que não é nossa a responsabilidade por esses termos terem se tornado pejorativos?

Na frase “tinha que ser um crente”, se você atribui a palavra crente um significado pejorativo, você entende que a pessoa está reclamando de algo. Ao passo que se você atribui significado apreciativo, você entende que a pessoa está feliz porque só podia esperar tal ação de um crente.

Eu sei que a imagem dos cristãos não foi manchada apenas hoje. Isso vem de tempos. Mas de que vale eu reclamar daqueles que já passaram por aqui e deixaram um péssimo exemplo? Em que eu acrescento a vida das pessoas a minha volta ou a minha própria vida?

Se for pra fazer alguma referência conhecida, que seja daqueles que honraram o nome do Senhor e são conhecidos como heróis da fé, sejam eles os listados na bíblia ou aqueles dos quais ouvimos testemunhos nos nossos dias.

Claro que tem sempre a opção de você chamar a responsabilidade pra si e dizer: seja meu imitador como eu sou de Cristo. Mas isso não costuma ser confortável, não é mesmo? É mais fácil apontar o outro.

Jesus deixou claro que esperava que uma referência fosse clara ao designar seus seguidores.

“Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”. (João 13:35)

Esse amar, faz com que desejemos uma vida excelente para abençoar nossos irmãos. Faz com que possamos afiar e ser afiados pelo outro. Faz com que possamos encorajar uns aos outros. Faz com que não nos conformemos até que todos conheçam o Cristo que veio, morreu, ressuscitou, habita em nós e vai voltar.

Estou certa de que você conhece pessoas (ou talvez você está lendo e seja uma dessas pessoas) que aprenderam que cristãos são preconceituosos, acusadores, maledicentes, que se julgam superiores, entre outros exemplos ruins. Nosso papel não é tentar justificar o comportamento de tais pessoas, nem tão pouco sermos tolerantes com o pecado daqueles que se afastaram da verdade pelos exemplos ruins com os quais tiveram contato. Cabe a nós pedirmos perdão como Igreja e mostrarmos a verdade do evangelho através do conhecimento das Escrituras, mas também através do nosso testemunho.

A bíblia que temos sido é o que dará significado a tudo isso.

Minha oração é que o Senhor nos ajude dia a dia a ser referência no meio desta geração corrompida. Não porque haja em nós algo que nos qualifique dessa maneira, mas por havermos reconhecido que somos insuficientes e, dependendo dEle, manifestemos as Suas verdades por onde andarmos.

Deus abençoe vocês!

#Atéterça

😉

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