Fala galera!
Aqui é o Fernando Ortega e só invadi este post pra apresentar a vocês o Luiz Guilherme – nosso novo colunista.
O Luiz congrega na mesma igreja que eu e é formado em teologia pelo seminário Betel Brasileiro com validação no Instituto Presbiteriano Mackenzie. Também é estudante de psicologia.
Ele vai estar conosco a cada 15 dias aqui no NMM. Show de bola! Sem mais enrolação, deixo vocês com o post do Luiz:

Sola Scriptura

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.16-17)

Esses versículos fazem parte das orientações do apóstolo Paulo para seu discípulo, filho amado e cooperador na obra, Timóteo (1Tm 1.2; 1Ts 3.2). Timóteo era um jovem gentio que se converteu a fé cristã e anos mais tarde auxiliou Paulo em suas viagens, até ser deixado em Éfeso onde serviu na igreja como pastor (1Tm 1.3). A igreja de Éfeso passava por perigos de falsos ensinos e desvios doutrinários (2Tm 3.1-7), sabendo disso, o apóstolo recomenda a Escritura por causa de sua autoridade, e a seguir, por causa do benefício que dela advêm. Estas recomendações servem também para os dias de hoje.

Toda a Escritura é inspirada por Deuso adjetivo traduzido “inspirada por Deus” (gr. θεόπνευστος theopneutos) aparece somente aqui no NT e significa literalmente “soprado para dentro por Deus”, ou seja, a Escritura toda foi soprada por Deus, ela é um objeto da ação do sopro divino. A Escritura Sagrada é a revelação de Deus através da inspiração do Espírito Santo. Portanto, Timóteo deveria compreender que a Escritura é a própria Palavra de Deus, confiável, autoritativa, infalível e inerrante (2Pe 1.21; 1Ts 2.13), assim ele conseguiria evitar e combater falsos ensinos e deturpações.

Podemos pensar sobre 2 conceitos sobre as Escrituras:

– Conceito de inspiração ou autoridade divida: “Por inspiração das Escrituras queremos dizer que os escritores foram de tal modo capacitados e dominados pelo Espírito Santo, na produção das Escrituras, que estas receberam autoridade divina e infalível” (Bancroft)

– Conceito de inerrância: “Da mesma forma que Deus não mente nem erra, a Bíblia (que é a própria voz de Deus e cujas palavras são as próprias palavras de Deus) não mente nem erra. A Bíblia não contém erros, quer em relação a questões espirituais, históricas ou de outra natureza. Ela está certa em todas as suas afirmações e inferências.” (Cheung)

Vivemos hoje em um cenário parecido com o de Timóteo; muitas deturpações do evangelho, muitos falsos profetas e enganadores; precisamos ser jovens apegados a Escritura.  Sendo assim, devemos: “Dar à Escritura a mesma reverência que damos a Deus” (Calvino); Entender que a Bíblia não é um livro de literatura qualquer; Submeter à sua autoridade, reivindicações, promessas, advertências, orientações e instruções; Tê-la como única regra de fé e prática; Jamais manipular, acrescentar, retirar e adulterar seu conteúdo; Anunciá-la com convicção.

Útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça – A Escritura sendo inspirada por Deus também é útil. A palavra “útil” (gr.ωφελιμοςophelimos) traz a ideia de algo lucrativo, proveitoso, vantajoso; ela traz inúmeras vantagens e proveitos para o homem. Útil para o ensino – como fonte positiva de doutrina cristã; útil para a repreensão – para refutar o erro e para repreender o pecado; útil para a correção – para convencer os mal-orientados dos seus erros e de colocá-los no caminho certo novamente; útil para educação na justiça – para a educação construtiva na vida cristã.

a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra – Este é o resultado do cristão que se submete à Escritura e deixa ser moldado por ela. Perfeito aqui significa completo, porque a Palavra de Deus é poderosa para efetuar salvação, transformação e capacitação.

Se temos uma geração fraca, bamba, instável e manipulável, a resposta é porque temos uma geração que não segue as recomendações de Paulo apresentadas. Conhecemos pouco, lemos pouco, estudamos pouco, meditamos quase nada. Queremos as ondas, os movimentos, as experiências, o pragmatismo. Preferimos as interpretações externas, as orientações clericais, o alimento mastigado, as palavras dos gurus. Somos preguiçosos, ignorantes, analfabetos, meninos inconstantes.
É tempo de se voltar à Escritura. É tempo de abraçar seus benefícios. É tempo de honrá-la como honramos o próprio Deus.

SOLA SCRIPTURA!

Luiz Guilherme Roselli

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